Mostrar mensagens com a etiqueta untagged. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta untagged. Mostrar todas as mensagens
terça-feira, 7 de fevereiro de 2012
segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012
A invasão teutónica
O povo grego encontra-se sobre a mais ignóbil das ameaças. A da falência caso não ceda à pressão alemã. É chocante que se pretenda subjugar um povo, indiferentemente de a invasão ser feita através da panzer-divisionnen ou da coacção exercida sobre o que resta da democracia grega. A UE, um espaço que se pretendia de solidariedade transformou-se numa zona sob comando alemão, sem que, ao contrário de outrora, tenham que disparar um único tiro.
Com a colaboração de um governo de Vichy, patético e enfraquecido, a Alemanha anseia dominar a europa do séc. XXI. As dívidas devem ser pagas sem esmagar os devedores. Com condições minimamente dignas e exequíveis. Nada disso acontece na proposta alemã. Colocar austeridade em cima de austeridade já provou ser uma política destinada ao fracasso. A instalação de um comissário em Atenas, um diligente funcionário que asseguraria só e apenas o pagamento da dívida aos credores deve ser encarada como uma declaração de guerra.
Parece que da memória colectiva germânica já se desvaneceram as lembranças das derrotas em duas guerras mundiais. Ao colocar condições inaceitáveis aos gregos a Alemanha torna-se uma potência não só administradora (porque na prática já o é) mas um espécie de saqueador autorizado pela inépcia dos outros povos europeus.
Com a colaboração de um governo de Vichy, patético e enfraquecido, a Alemanha anseia dominar a europa do séc. XXI. As dívidas devem ser pagas sem esmagar os devedores. Com condições minimamente dignas e exequíveis. Nada disso acontece na proposta alemã. Colocar austeridade em cima de austeridade já provou ser uma política destinada ao fracasso. A instalação de um comissário em Atenas, um diligente funcionário que asseguraria só e apenas o pagamento da dívida aos credores deve ser encarada como uma declaração de guerra.
Parece que da memória colectiva germânica já se desvaneceram as lembranças das derrotas em duas guerras mundiais. Ao colocar condições inaceitáveis aos gregos a Alemanha torna-se uma potência não só administradora (porque na prática já o é) mas um espécie de saqueador autorizado pela inépcia dos outros povos europeus.
tags:
untagged
sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012
coisas que incomodam... (II)
Homens de 40 anos, lenço enrolado à volta do pescoço e um ar meticulosamente negligé. Será que é uma ligadura portátil, ali à mão para qualquer hemorragia ou uma rodilha para colocar na cabeça e criar algo entre Chakall e uma peixeira?
tags:
untagged
terça-feira, 24 de janeiro de 2012
Indignação Semanal
![]() |
(Coelho e Gaspar preocupados com indignações várias) |
Estou indignado com tanta indignação e tão pouca ação. Temos assistido a uma espécie de homilia semanal. Há quinze dias houve indignação com as nomeações de Passos para a EDP e Águas de Portugal. Na semana passada, com as declarações patéticas de um funcionário [e ninguém neste país representa melhor o funcionário e as suas idiossincrasias do que o biltre]. Esta semana, espumam de raiva por um jornalista ter sido dispensado após uma crónica menos amigável para com a cleptocracia angolana.
Está tudo muito certo, mas a indignação passiva não vale a ponta de um corno. Quem fez greve? Além do setor público ninguém ou quase. Quem participou nas manifestações? Poucos, muito poucos. Cada vez menos.
O povo português [do qual orgulhosamente faço parte] resolveu canalizar a indignação para o facebook e afins. É o ativismo de sofá no seu pior. Quando existe perigo iminente, moita carrasco. Cumprem-se os desígnios do chefe, do patrão, do governo.
Esta corrente mais parece um remoinho, sugando as indignações anteriores para dar lugar à da semana. Fiz tudo o que podia? Nem por sombras. Mas lutei e vou continuar a lutar, na rua, no trabalho, mesmo com alguns riscos pessoais associados. Quem for meu amigo está comigo. Os outros podem já ficar a pensar na indignação da próxima semana.
tags:
untagged
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
desabafo
Às sextas o clã reúne-se em casa da mãe. Apesar de já septuagenária e sempre pouco dada às lides domésticas, enche-se de força para fazer o jantar. Não por mim, filho dispensável, criado longe do afago materno. Perpetua um estranho conceito de família, em que o marido sempre foi figura central. Com a morte prematura do seu deus, resta-lhe recorrer a uma ficção. Não que não goste da mãe, do mano ou da sobrinha. Gosto e muito. Mas nunca uma relação mãe-filho pode percorrer os caminhos do banal, quando lhe escutei, no desespero da viuvez recente, o desabafo de que preferiria ter perdido um filho ao marido. Os laços, já ténues, desapareceram nesse momento. Vivemos nesse fingimento de uma normalidade que nunca existiu, e esse sentido murmúrio enterrou definitivamente.
tags:
untagged
sexta-feira, 13 de janeiro de 2012
Crianças necessitam apoio. Qual destas três palavras é que não percebeu?
Por amor de Deus, as crianças e os velhos são fracos entre os fracos. Os meus impostos e de milhões de outros cidadãos têm de servir para apoiar os mais desprotegidos. "Mas as crianças Senhor, porque lhes dais tanta dor, porque padecem assim?"
tags:
untagged
terça-feira, 10 de janeiro de 2012
Eu, fumador, me confesso
Compreendo e aceito a separação de ambientes de fumadores e não fumadores. Procuro restaurantes de fumadores ou ambientes onde tal seja permitido. Mesmo em casa, tento minimizar os danos fumando apenas no quarto transformado em escritório de onde, entre denso "nevoeiro" e um frio de rachar (a janela fica aberta) vos escrevo esta posta.
Mas recuso-me a ser tratado como um proscrito, um pária, que não só não pode fumar dentro de um café ou restaurante, como vê limitada a sua liberdade na rua, no espaço público, entre gases de escape dos automóveis. Os proprietários do restaurante que frequento ao fim-de-semana investiram num moderno sistema de exaustão. Agora, se a proposta avançar, vão perder pau e bola. Por um lado perdem um cliente, pelo outro o dinheiro que investiram para poder acomodar os fumadores.
Uma tal de Fátima Reis, divulga um estudo, financiado pela Direcção-Geral de Saúde que sugere a proibição do fumo às portas dos estabelecimentos de restauração. Já chega! A cruzada higienista levada ao disparate. Isto, num país e numa cidade que até há uma dúzia de anos queimava o lixo hospitalar no centro, emitindo para a atmosfera 1.000 vezes o limite máximo de dioxinas permitido por lei. E que tal um estudo que permitisse avaliar quantos cancros foram causados por esta negligência grave?
tags:
untagged
segunda-feira, 9 de janeiro de 2012
coisas que incomodam...
A distinção que os jornalistas fazem entre ricos e pobres, entre prestigiados dirigentes e a arraia miúda é sintomática do preconceito que existe transversalmente na sociedade portuguesa. Incomoda-me que Francisco Leitão seja o "Rei Ghob" ou que Manuel Godinho seja "O sucateiro". Este tratamento não está relacionado com questões jornalísticas, mas com preconceito social. Caso contrário chamariam "robaleiro" a Armando Vara ou "porto-riquenho" a Dias Loureiro. O jornalismo ao serviço dos poderosos e do estigma social.
tags:
untagged
domingo, 1 de janeiro de 2012
não sei porquê, lembrei-me disto ...
No tempo em que eu era criança, os animais falavam e a TV era a preto e branco, a manhã do ano novo era preenchida com um concurso de saltos de ski. Com os pais a dormir, eu e o caçula, depois de acordados e com um pequeno almoço de bolo-rei e leite, divertíamo-nos a ver, no canal único, os esquiadores a voarem como pássaros.
tags:
untagged
sábado, 31 de dezembro de 2011
terça-feira, 27 de dezembro de 2011
Fly Portugal
Uma das marcas que é apontada como case-study de sucesso em Portugal, é a Fly London. Numa altura em que só avançaremos se produzirmos produtos com valor acrescentado, seria interessante para a marca de sapatos e malas, avançar e produzir, em associação, uma linha de roupas, moderna e irreverente. Ganhava o empresário do calçado, ganhavam os estilistas portugueses e as empresas têxteis, muita delas a fabricar com elevada qualidade para monstros como Carolina Herrera ou Hugo Boss. Porque não juntar forças e criar marcas globais em vez de ficar cada um na sua capelinha?
tags:
untagged
quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
Too Much Information (*)
Portugal está a criar uma nova espécie de cidadãos. Os que se recusam a prestar atenção às notícias. Pessoas informadas, interessadas, perante a face monstruosa e incerta do mundo, decidem, pura e simplesmente, alhear-se. Este divórcio pode ser provocado pelo medo, falta de esperança, pelo absurdo com que somos brindados todos os dias nos media. Mas, não é por se ignorarem, que os factos deixam de acontecer. Uma comunicação social dirigida por grandes grupos perde algum do distanciamento crítico. Afinal, pelo que vemos do Público, também os jornalistas têm um emprego, uma vida a preservar. Num mundo em convulsão, a informação é a arma mais importante de que dispomos para nos defendermos, para anteciparmos o futuro. O alheamento é também ele um sinal de novos tempos. Que importa analisar e compreender.
(*) de uma música dos The Police
tags:
untagged
terça-feira, 13 de dezembro de 2011
Zoológico
Li algures que os cursos de escrita criativa ensinam que uma das regras para os aspirantes à escrita digna e escorreita é a de que é preciso escrever sempre para "ganhar a mão". Após 600 e tal postas ainda não escrevi nada digno desse nome, mas o mérito da insistência ninguém mo tira.
Num dia banal, em que Passos Coelho anunciou que o défice de 4,5% é afinal de 8,5% [sem medidas extraordinárias], apetece-me escrever sobre o medo que paira sobre o sector privado. Na minha empresa existe um rumor não confirmado sobre a diminuição do quadro de pessoal. O boato foi o suficiente para colocar as hostes em alerta. Em dia de greve geral, quem chega às 9:00, uma hora e meia antes já estava no posto de trabalho. Refazem-se tarefas de molde a encontrar erros no trabalho do colega, anões agigantam-se manifestando alto e bom som indispensabilidade. Há também os lambe-cus carreiristas, quem têm como máxima "sou da tua opinião e da contrária se for preciso".
O local, anteriormente tranquilo, tornou-se poiso de gente que faz de tudo para brilhar e se fazer notada. Nada como trabalhar num zoológico para animar o dia!
Num dia banal, em que Passos Coelho anunciou que o défice de 4,5% é afinal de 8,5% [sem medidas extraordinárias], apetece-me escrever sobre o medo que paira sobre o sector privado. Na minha empresa existe um rumor não confirmado sobre a diminuição do quadro de pessoal. O boato foi o suficiente para colocar as hostes em alerta. Em dia de greve geral, quem chega às 9:00, uma hora e meia antes já estava no posto de trabalho. Refazem-se tarefas de molde a encontrar erros no trabalho do colega, anões agigantam-se manifestando alto e bom som indispensabilidade. Há também os lambe-cus carreiristas, quem têm como máxima "sou da tua opinião e da contrária se for preciso".
O local, anteriormente tranquilo, tornou-se poiso de gente que faz de tudo para brilhar e se fazer notada. Nada como trabalhar num zoológico para animar o dia!
tags:
untagged
domingo, 11 de dezembro de 2011
quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
ouvido na rua
"Não há ninguém que me dê um tiro na cabeça, para eu deixar de ser palhaço e andar aqui a pedir dinheiro?"
Andrajoso, extremamente sujo, exalou este grito, quase em desespero. Tentamos não ver estes pobres, feios e sujos para não nos confrontarmos com a nossa indigência moral. Venho notando o aumento exponencial de sem-abrigo na zona da Boavista, mas nunca nenhum tinha verbalizado a angústia deste modo, solicitando um abate piedoso. Olhei-o nos olhos e vi a minha imagem reflectida. Podia ser eu, podias ser tu.
Andrajoso, extremamente sujo, exalou este grito, quase em desespero. Tentamos não ver estes pobres, feios e sujos para não nos confrontarmos com a nossa indigência moral. Venho notando o aumento exponencial de sem-abrigo na zona da Boavista, mas nunca nenhum tinha verbalizado a angústia deste modo, solicitando um abate piedoso. Olhei-o nos olhos e vi a minha imagem reflectida. Podia ser eu, podias ser tu.
tags:
untagged
quarta-feira, 30 de novembro de 2011
até ao osso
Foram hoje publicados os dados sobre o desemprego. 12,9% é o número oficial. Todos sabemos que a realidade é muito mais negra. Vivo num meio de classe média, tenho amigos com várias formações académicas, desde a arquitectura à engenharia, das letras à saúde, dos que completaram o 12º ano aos que são professores do ensino superior.
Filho e neto de mangas de alpaca, as minhas relações pessoais e afectivas movem-se nessa imensa mole a que se convencionou chamar classe média. E todos, que até há pouco vivíamos vidas anónimas e relativamente confortáveis, começamos a sentir a crise e as medidas deste governo. Até ao osso. Há quem tenha salários em atraso, quem virá a ser roubado do subsídio de férias e Natal, profissionais liberais que, face à concorrência, têm de vender o seu trabalho mais barato. A célebre desvalorização do custo do factor trabalho. O conforto de ter uns euros de reserva no banco está, lentamente a desaparecer.
Esta proletarização de quem paga uma parte substancial dos impostos terá consequências. Sociais e económicas. Embora à superfície tudo esteja calmo, há um fervilhar de desespero que deixou os mais desprotegidos e alastrou a franjas mais amplas da sociedade. Hoje um administrador de um banco foi raptado e roubado. Sinal dos tempos. Nem os poderosos escaparão ao monstro que criaram.
Filho e neto de mangas de alpaca, as minhas relações pessoais e afectivas movem-se nessa imensa mole a que se convencionou chamar classe média. E todos, que até há pouco vivíamos vidas anónimas e relativamente confortáveis, começamos a sentir a crise e as medidas deste governo. Até ao osso. Há quem tenha salários em atraso, quem virá a ser roubado do subsídio de férias e Natal, profissionais liberais que, face à concorrência, têm de vender o seu trabalho mais barato. A célebre desvalorização do custo do factor trabalho. O conforto de ter uns euros de reserva no banco está, lentamente a desaparecer.
Esta proletarização de quem paga uma parte substancial dos impostos terá consequências. Sociais e económicas. Embora à superfície tudo esteja calmo, há um fervilhar de desespero que deixou os mais desprotegidos e alastrou a franjas mais amplas da sociedade. Hoje um administrador de um banco foi raptado e roubado. Sinal dos tempos. Nem os poderosos escaparão ao monstro que criaram.
tags:
untagged
terça-feira, 29 de novembro de 2011
Polícias e hackers
Toda a nossa sociedade assenta em mecanismos de informação. A nossa vida, as compras, as dívidas, a água, a luz, as telecomunicações são controladas por sistemas informáticos. Esta capacidade de armazenar informação torna a sociedade enormemente dependente destes sistemas. O ataque dos hackers ao MAI, embora ilegal, faz todo o sentido. Ao tomar-se conta da informação está-se a assaltar o poder. Os fins legitimam os meios.
No entanto, este ataque padece de algo que não me agrada. A disseminação de dados de agentes policiais sem outro critério que não o da localização do seu posto de trabalho. Torna os polícias alvo fácil de controlo por marginais. Fragiliza-os no cumprimento das suas tarefas diárias, que, penso eu, não serão bater em manifestantes das 9:00 às 17:00. Agradar-me-ia mais que apenas tivesse sido divulgada informação dos responsáveis e não de meros agentes. Colocaria menos vidas em risco e seria bem mais agradável maltratar a mão que manda bater e não o simples executor.
P.S.- [19:01] Tenho dificuldade em compreender os "sonhos húmidos" que este ataque causa a alguma blogosfera de esquerda. Combata-se o ministro e as altas patentes, não os polícias de giro. O 5dias está a prestar serviço público ao exibir os rostos dos "paisanas". Mas, não esquecer, são meros peões.
tags:
untagged
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
Às vezes o Pacheco tem ataques de lucidez selectiva ...
"A metáfora do túnel é errada: não é um túnel, mas um poço, não estamos a caminhar na horizontal no escuro, estamos a cair na vertical no escuro."
tags:
untagged
sábado, 19 de novembro de 2011
Sociedades Secretas
Sinto-me um merdas. Ao contrária da honorável presidente da Assembleia da República nunca fui convidado para prestigiantes associações semi-secretas. Já vai sendo tempo de se criar algo idêntico para pobres e iletrados. Sempre ansiei por gestos secretos que me dessem a conhecer "irmãos" prestigiados. Ou retiros espirituais para reflectir no que fazer aos milhões arrecadados em negócios pouco lícitos. Ouvir o Grande Mestre sobre uma humanidade que não pratica. A não ser entre irmãos. Deliciar-me com os ensinamentos de Balaguer. Temos de arranjar uma sociedade secreta para anónimos sem curso. Um irmão disse-me que tal já existe. Reúnem-se em calções algures entre a segunda circular e o dragão. Abençoados sejam.
tags:
santidades,
untagged
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
Abrigo da nossa vergonha
Uma fotogaleria do Público, sobre as ilhas e habitação degradada. Para ver e meditar, porque isto não é apenas arte. É vergonha colectiva.
tags:
malta à rasca,
untagged
Subscrever:
Mensagens (Atom)