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quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

E a revolução, pá?

Fonte: http://samuel-cantigueiro.blogspot.com/
Este pá, é um post previsível, pá! A malta, pá, já está pelas costuras. Isso, pá, não quer dizer, pá, que não possamos exprimir a nossa opinião, pá! O camarada Otelo, parou num tempo que já não volta, pá, e não é um septuagenário, pá, que faz revoluções. Não esqueço, pá, as FP-25, pá, como também não esqueço que Ramiro Moreira, indultado por Mário Soares, pá, quando pode colocar os chispes em Portugal, pá, foi visitar o querido cónego Melo. A direita quando está no poder, pá, tende a ser revanchista. Sousa Lara, pá, o 2º Conde de Guedes, pá, ex- vice-reitor da Moderna, até livros censurou. E está bom de ver, pá, que Otelo, está tão gágá que até elogia Salazar, pá.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Αγαπητοί Έλληνες αδελφοί


Queridos irmãos gregos,

Antes de mais quero mostrar-me solidário com as vossas legítimas reivindicações. O vosso exemplo prova que a austeridade como modo de resolver o défice gera mais austeridade e mais défice. São obrigados à austeridade para salvar os bancos. O FMI e o FEEF não estavam interessados na vossa recuperação antes na salvaguarda do sistema financeiro. A Alemanha e a França queriam apenas vender-vos aviões, tanques , fragatas e submarinos e emprestar-vos dinheiro a juros usurários.

Nós por cá estamos na mesma. O nosso governo vai ser obrigado a fazer duas linhas de TGV para os alemães e franceses venderam material circulante e tecnologia. A mão-de-obra, porque é barata, não especializada e temporária é nossa. Uma espécie de chineses da Europa. A decisão do vosso governo de referendar nova "ajuda", coloca-vos entre a espada e a parede. Com o dracma desvalorizado e o vosso mercado exportador e dívidas denominadas em euros, sofrerão de qualquer das formas.

Não sei qual vai ser o vosso ou o nosso caminho. O que não podem consentir é que a gorda e o baixinho vos digam qual o caminho a seguir. Mostram-se determinados a aplicar o plano deles à vossa economia. Como se na Grécia não vivesse um povo, mas ratos de laboratório. Atendendo à similitude de políticas, o vosso futuro será o nosso. Nada posso fazer a não prestar a não ser a minha solidariedade com a vossa luta legítima. É altura de os gatos gordos da Europa pagarem a factura.

Um abraço solidário de muitos e muitos portugueses

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Saraiva, tem medo, tem muito medo ...

José António Saraiva, deves ter medo dos indignados. Obviamente, nas tuas aulas de política, nunca te debruçaste sobre Herbert Marcuse. Mas ainda estás tempo. Porque as revoluções não se fazem através do voto, ordeiro e acarneirado, mas na rua. E é a rua que temes ...

(...) o conceito de violência encobre (...) duas formas muito diferentes: a violência institucionalizada do estado de coisas vigente e a violência da resistência, que, necessariamente, permanece ilegal em face do direito positivo. Falar de uma legalidade da resistência é um sem-sentido. Nenhum sistema social, nem mesmo o mais livre, pode, constitucionalmente, ou de alguma outra maneira, legalizar uma violência dirigida contra este sistema. Cada uma destas duas formas encobre funções opostas. Há uma violência de libertação e uma violência de opressão. Há uma violência de defesa da vida e uma violência de agressão. E ambas estas formas de violência tornaram-se forças históricas e permanecerão forças históricas. (MARCUSE, 1968b, p.56)

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

levanta! levanta!


Os higienistas querem tudo segundo a sua cartilha. São palhaços de tendência revolucionária. O 15O chateou-os profundamente. Não seriam capazes de mobilizar 100.000 pessoas sem os autocarros, as sardinhadas, os lanches ou os artistas convidados. Eles andam aí, indignados com os indignados, mas cavalgando a onda de mudança. Revolucionários que acham que o máximo da masculinidade é ter estado num piquete de greve. São os gajos do senta! senta!, que fazem tudo by the book como aprenderam no Comité Central ou na Mesa Nacional. Apesar do respeito que me merece a história do PC, o tempo que vivemos já não é o do "centralismo democrático". É do individualismo libertário. Acusam-nos de não votarmos. Eu respondo que isso é jogar segundo as regras do inimigo. Ou lembrando um velho slogan @narca, "O voto é a arma do povo! Se votas ficas des@rmado!". Chegou o tempo não do senta! senta! mas do levanta! levanta!

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Querem guerra? Tê-la-ão!


"Quando se liquidam empregos, baixam salários, se contrata a prazo e se acaba com a velha conquista do movimento operário, no início do século xx, de oito horas de trabalho, oito horas de lazer e oito horas de descanso, era bom que se lembrassem que além do roubo que estão a fazer a quem trabalha também estão a semear uma guerra. E estas, quando começam, não se sabe como acabam."

Nuno Ramos de Almeida em 22 de junho de 2011

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Esta é a minha gente, esta é a minha luta!!


Quase nunca releio os posts que publico. Se o fizesse seria acometido de uma vontade súbita de apagar tudo, tal a mediocridade da prosa. No entanto, ontem, reli várias mensagens anteriores e constatei que a política tem sido o prato forte deste blogue. Tal facto não se deve à tentativa de influenciar ninguém, apenas exprime a preocupação com que sigo a constante degradação das condições de vida de todos os portugueses, este vosso criado incluído. O purgatório é um espaço onde se exprimem angústias, espantos e trivialidades. Angústias políticas incluídas. Não pretendo transformar este espaço num local de comentário político. Há quem o faça bem melhor e ainda por cima seja pago para isso. Mas ao ver neste vídeo, a insegurança, o medo e a revolta da minha gente, não podia deixar de o publicar.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

A revolução somos nós!


Muito se tem escrito nestes últimos tempo sobre a alteração de paradigma económico do mundo em que vivemos. Um capitalismo que mata de inanição os seus trabalhadores não tem futuro. Ou se regenera, redistribui e readapta ou morre. Muitos ainda não compreenderam que esta alteração se deve à tecnologia. Esta existe para servir o homem e não para torná-lo seu escravo. Qualquer observador minimamente atento saberá que a primavera árabe começou no facebook e através de vídeos e SMS. Quando atingimos um grau tão elevado de desenvolvimento, deveríamos trabalhar menos e receber melhor salário. Isto apenas não acontece porque as grandes empresas e a tecnologia estão a servir a ganância de uns poucos e não o bem estar comum.

Estranhamente, ou talvez não, os partidos, fechados nos seus universos de fidelidades, compadrios, lutas intestinas pelo poder e vendettas pessoais não compreenderam que a partir do momento em que a possibilidade de comunicar, filmar, fotografar e partilhar esses conteúdos com o mundo, está no nosso bolso, a possibilidade de criar um novo paradigma está também nas nossas mãos. Os partidos são parte do problema e não parte da solução.

Para um libertário isso gera uma imensa alegria. Por muito que tentem parecer modernaços, os partidos estão obrigados ao confronto entre si, como modo de justificarem a sua existência, a aparente criação de opções que, de facto, o não são. Sabem bem que no fundo são os representantes de um modelo esgotado em que uma imensa maioria não se revê. Tentam acompanhar os tempos, aderindo entusiasticamente a manifestações como o "Occupy Wall Street", "We are the 99%" ou o 15 de outubro. E, no entanto, é chegado o tempo em que a decisão individual cria o colectivo. Sem congressos, comité central, jornalistas subservientes e media controlados. O futuro será o que esse colectivo anónimo, a que alguns ainda gostam de chamar povo, decidir.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

(Porque) devemos esconder o rosto em manifestações? (*)



"Por questões práticas, defendo que todos os manifestantes devem esconder o seu rosto e usar roupa dificilmente identificável. Isto é uma resposta à invasão que o estado policial faz nas nossas vidas. Esta posição altamente controversa (a que falta discussão pública) deve-se ao facto de estarmos a ser vigiados de perto quando nos manifestamos. Mesmo que consigamos iludir a "vigilância sombra", haverá sempre máquinas fotográficas ou filmagens que eventualmente captarão o nosso rosto."

Adaptação minha, original aqui.  Um exemplo neste link. Basta clicar na multidão e no botão à esquerda que permite aproximar quase todos os rostos.

(*) Título corrigido

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Whose side are you on?

Foto: Reuters
Depois da prisão de 700 participantes do movimento "Occupy Wall Street" parece que a humanidade tende a dividir-se em dois grandes blocos. Os "perigosos comunistas" e os "perigosos comodistas".
Whose side are you on?

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Que viva Chile!

Foto:MARTIN BERNETTI/AFP
Homenagem a Manuel Gutierrez, 14 anos, alvejado no peito. Fotogaleria da greve aqui.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Ninguém escreve ao coronel (*)


Ocasionalmente não sei bem se sou de esquerda ou de direita. Embora seja demasiado cedo para se compreender integralmente ou conjecturar o que se irá passar na Líbia, é evidente que o regime de Khadafi caiu de podre. A esperada resistência em Tripoli não passou de pífia, com a nota caricatural de uma jornalista de pistola na mão. O day after é perigoso e o Conselho de Transição Líbio necessita de tratar a situação com pinças e desarmar a população o mais rapidamente possível. É certo que o índice de bem-estar era superior na Líbia relativamente a muitos outros países africanos. Dou isso de barato. Mas parece que essa relativa comodidade não foi suficiente para calar o desejo de liberdade de um povo. O silêncio comprometido de alguma esquerda portuguesa prova um certo lado acomodatício. O conforto sem liberdade é frágil e cai às mãos do povo que prefere tomar para si o futuro.

(*) de um conto homónimo de Gabriel García Márquez

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Estas no son mis armas!


Longe de ser um perigoso revolucionário ou agitador tenho dificuldade em aceitar o pacifismo incondicional. Vindo do budismo ou hinduísmo aceito-o mais facilmente porque sucede a uma matriz cultural e religiosa. Já não entendo os "indignados" espanhóis que apanham porrada de criar bicho e agitam as mãos gritando "estas son nuestras armas".

Não me verão atirar a primeira pedra nem cair na esparrela dos agents provocateurs, mas não esperem de mim a cristã atitude de levar e oferecer a outra face. 

O recurso à violência legitima violência. Vem esta prosa a propósito da carga exercida sobre os manifestantes "laicos" nas Puertas de Sol. Sem provocação ou agressão o direito à manifestação é legítimo tanto para os católicos como para quaisquer outros. O estado espanhol exerceu a sua laicidade à bastonada, provando que de laico tem muito pouco. Torquemada toma novas faces, deixando medievas vestes inquisitoriais e travestindo-se de polícia de choque. Quando provocado e havendo pedras à minha volta, serão essas as minhas armas.

UpdateSegún el sindicato policial, "en las imágenes difundidas no aparecen razones de seguridad ni restablecimiento del orden que justifiquen dichos golpes".
ViaPublico.es/Der Terrorist

terça-feira, 9 de agosto de 2011

aviso à navegação


Aviso ao 5 dias e ao albergue espanhol. Isto não é uma revolução e trazer os tanques para a rua não resolve nada. A origem do problemas está essencialmente em assimetrias sociais e numa sociedade que valoriza o consumo como quinta essência. Nem roubar, pilhar e vandalizar é revolucionário, nem os tanques podem parar a injustiça e o fosso entre os que tudo tem e aqueles a quem até o direito a trabalhar é negado.

domingo, 24 de julho de 2011

quinta-feira, 23 de junho de 2011

anarco-cão



Este cão é dos meus! Eu também detesto os porcos! Se algum dia precisares de abrigo e ração da boa, podes bater cá à porta.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

"Audácia, mais audácia, sempre mais audácia"


Durante a revolução francesa George Danton disse "Audácia, mais audácia, sempre mais audácia". Como sabem a meia-dúzia de amigos que acompanham o purgatório, tenho um certo desprezo por personagens consensuais, daqueles que agradam a todos da esquerda à direita. E escrevo sobre um homem dos que inventaram a esquerda, um jacobino, que se sentava à esquerda na Assembleia Nacional, ao tempo da revolução francesa. Desde "pioneiro revolucionário" e "grande patriota" a "corrupto e violento", foi visto como um gigante revolucionário ou como sanguinário e interessado unicamente no poder. Prefiro os homens assim, controversos até na sua morte. Foi guilhotinado e terá dito "a minha única tristeza é que vou antes de Robespierre". Voltou a Paris para combater o reino do terror implantado pelos jacobinos, a limpeza decidida por Robespierre e imposta pelo governo revolucionário de então. Porque é que me lembrei disto? Por causa de certas purgas, disse e não disse, e do que actualmente se passa no BE. Impossível não estabelecer um paralelismo histórico. Quem é quem nesta história cumpre-vos decidir ...