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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012
"cisnes reflectindo elefantes"
Uma improvável parceria entre John Hench (Disney) e Salvador Dali, ao som dos Pink Floyd. A história toda no bitaites.
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Artistas meus
sexta-feira, 20 de janeiro de 2012
Rumble Fish
Um dos filmes da minha vida. Sobre um mauzão que já o não é, um irmão obcecado em seguir as pisadas do mais velho e de como o espaço [entenda-se liberdade, autonomia] é necessário para nos encontrarmos. Num filme a preto e branco quando isso era mais do que vanguarda, com Mickey Rourke, a quem sempre invejei o aspecto físico, mas sobretudo o ar cool. Coppola num dos seus momentos mais altos. Como diria Lauro António, let's look at a trailer.
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Artistas meus
quarta-feira, 11 de janeiro de 2012
Tempo
Havia um casal, casado há muito, muito tempo, que sempre se tinha odiado, nunca capazes de se suportar um ao outro.
E quando estavam já nos noventa, resolveram finalmente divorciar-se.
E as pessoas perguntaram: Porque é que esperaram tanto tempo? Porque é que não se divorciaram antes?
E eles responderam: Bem, queríamos esperar até que as crianças morressem.
Adaptação de "Another day in America" de Laurie Anderson
E quando estavam já nos noventa, resolveram finalmente divorciar-se.
E as pessoas perguntaram: Porque é que esperaram tanto tempo? Porque é que não se divorciaram antes?
E eles responderam: Bem, queríamos esperar até que as crianças morressem.
Adaptação de "Another day in America" de Laurie Anderson
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Artistas meus
sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
2012 é em Guimarães!
Saber mais em www.guimaraes2012.pt
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amigos,
Artistas meus
domingo, 25 de dezembro de 2011
Halfway Down de A.A. Milne
Halfway down the stairs
is a stair
where i sit.
there isn't any
other stair
quite like
it.
i'm not at the bottom,
i'm not at the top;
so this is the stair
where
I always
stop.
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Artistas meus,
Música
sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
sábado, 17 de dezembro de 2011
O Engraxanço e o Culambismo Português
Noto com desagrado que se tem desenvolvido muito em Portugal uma modalidade desportiva que julgara ter caído em desuso depois da revolução de Abril. Situa-se na área da ginástica corporal e envolve complexos exercícios contorcionistas em que cada jogador procura, por todos os meios ao seu alcance, correr e prostrar-se de forma a lamber o cu de um jogador mais poderoso do que ele.
Este cu pode ser o cu de um superior hierárquico, de um ministro, de um agente da polícia ou de um artista. O objectivo do jogo é identificá-los, lambê-los e recolher os respectivos prémios. Os prémios podem ser em dinheiro, em promoção profissional ou em permuta. À medida que vai lambendo os cus, vai ascendendo ou descendendo na hierarquia.
Antes do 25 de Abril esta modalidade era mais rudimentar. Era praticada por amadores, muitos em idade escolar, e conhecida prosaicamente como «engraxanço». Os chefes de repartição engraxavam os chefes de serviço, os alunos engraxavam os professores,os jornalistas engraxavam os ministros, as donas de casa engraxavam os médicos da caixa, etc... Mesmo assim, eram raros os portugueses com feitio para passar graxa. Havia poucos engraxadores. Diga-se porém, em abono da verdade, que os poucos que havia engraxavam imenso.
Nesse tempo, «engraxar» era uma actividade socialmente menosprezada. O menino que engraxasse a professora tinha de enfrentar depois o escárnio da turma. O colunista que tecesse um grande elogio ao Presidente do Conselho era ostracizado pelos colegas.Ninguém gostava de um engraxador.
Hoje tudo isso mudou. O engraxanço evoluiu ao ponto de tornar-se irreconhecível. Foi-se subindo na escala de subserviência, dos sapatos até ao cu. O engraxador foi promovido a lambe-botas e o lambe-botas a lambe-cu. Não é preciso realçar a diferença, em termos de subordinação hierárquica e flexibilidade de movimentos, entre engraxar uns sapatos e lamber um cu. Para fazer face à crescente popularidade do desporto, importaram-se dos Estados Unidos, campeão do mundo na modalidade, as regras e os estatutos da American Federation of Ass-licking and Brown-nosing.Os praticantes portugueses puderam assim esquecer os tempos amadores do engraxanço e aperfeiçoarem-se no desenvolvimento profissional do Culambismo.
(...) Tudo isto teria graça se os culambistas portugueses fossem tão mal tratados e sucedidos como os engraxadores de outrora. O pior é que a nossa sociedade não só aceita o culambismo como forma prática de subir na vida, como começa a exigi-lo como habilitação profissional. O culambismo compensa. Sobreviver sem um mínimo de conhecimentos de culambismo é hoje tão difícil como vencer na vida sem saber falar inglês.
Miguel Esteves Cardoso, in 'Último Volume'
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Artistas meus
quinta-feira, 8 de dezembro de 2011
Paz!
E a Vida foi, e é assim, e não melhora.
Esforço inutil, crê! Tudo é illuzão...
Quantos não scismam n'isso mesmo a esta hora
Com uma taça, ou um punhal na mão!
Mas a Arte, o Lar, um filho, Antonio? Embora!
Chymeras, sonhos, bolas de sabão.
E a tortura do além e quem lá mora!
Isso é, talvez, minha unica afflicção...
Toda a dor pode suspportar-se, toda!
Mesmo a da noiva morta em plena boda,
Que por mortalha leva... essa que traz...
Mas uma não: é a dor do pensamento!
Ai quem me dera entrar n'esse convento
Que ha além da Morte e que se chama A Paz!
António Nobre, in 'Só'
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Artistas meus
sexta-feira, 2 de dezembro de 2011
iconoclasta
"Luiz Pacheco era capaz das loucuras mais desapiedadas, mas também de actos de grande generosidade. Pessoa cheia de contrastes e incoerências, tinha uma enorme facilidade para relacionar-se com os outros e, depois, para cortar relações. Impulsivo e inconstante, aparecia e desaparecia de repente. Capaz de prescindir de tudo e de começar do zero, durante anos viveu em pensões manhosas, de onde muitas vezes era expulso por falta de pagamento. Era um especialista em dívidas e em não as pagar. Conheceu a miséria, o vício e a degradação. Gostava de estar perto dos marginais e das ovelhas ranhosas, porque com aqueles que não têm nada a perder conhecem-se melhor os labirintos da alma humana."
«Puta que os pariu!» foi a última resposta de Luiz Pacheco na entrevista que deu à revista «Ler», em 1995.
Pequenos depoimentos sobre Luiz Pacheco, aqui, aqui e aqui .
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quinta-feira, 10 de novembro de 2011
Não me mexam no Rentes!
Não tem mal ser puto. Nem acreditar no Pai Natal dos mercados. Nem mesmo o facto de ser um liberal um bocado parvo lhe retira um lugar ao sol. Afinal, até escreve no "Espesso". Li dele um ensaio mediano sobre a obra do mestre na Ler. Agora isto é demais. Quando não se tem talento nem mestria com as palavras, quando não se passa de mais um franco-atirador na selva que publica toda a merda, devia ter-se humildade. Adaptamos? Sugerimos? Não, vampirizamos talento alheio, que é o que fazem os medíocres. A tua maior glória literária foi e será a historieta dos ordenados da CP.
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sábado, 8 de outubro de 2011
Em síntese, tudo.
"Na confusão de responsabilidades e obrigações uma coisa surpreende: nos centros onde o poder reside, as únicas cabeças que mudam são as dos títeres engravatados que, ora anunciam pomposamente medidas de salvação, ora assustam com profecias de pragas bíblicas. Os senhores que de facto mandam são, mais cabeça menos cabeça, os que vêm do antigamente pré-revolucionário. Seguram eles com mão firme os cordelinhos e agem a seu bel-prazer, de modo que constantemente me ocorre a pergunta: que democracia é esta, que me dizem existir e mal consigo enxergar?"
J. Rentes de Carvalho no "Tempo Contado".
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quinta-feira, 15 de setembro de 2011
As crónicas de Manuel Pina

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terça-feira, 30 de agosto de 2011
das minhas paredes
![]() |
Picasso, Pêche de Nuit à Antibes |
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sábado, 27 de agosto de 2011
Tempo Incerto
Acordo às 10:00. Entre o primeiro cigarro matinal [a que se seguirá uma infindável série] e um café, ligo o computador. Troco impressões com um amigo recente sobre música e abro o "Tempo Contado". O Mestre vai de férias com regresso em "Tempo Incerto". Enquanto o leio tento compreender-lhe as angústias e incertezas. "O que escrevo raro me satisfaz". Pois não é assim com todas as almas que se questionam, que há muito abandonaram as verdades absolutas, conscientes que este limbo em que vivemos, este mundo ao contrário, nos gera mais aflição do que exaltação? Desde há um ano a esta parte as suas "estórias", dúvidas, derrotas e vitórias são também as minhas, num processo de identificação entre o pequeno e o grande homem. Que volte depressa exorcizando demónios e fantasmas. O meu dia sem o ler é um bocado mais triste.
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segunda-feira, 15 de agosto de 2011
Sci-Fi e Fantasia
Hoje, ao olhar para a estante, encontrei alguns dos livros da minha juventude. Entre os 16 e os 19 anos fui consumidor compulsivo de ficção científica e fantasia. Eram livros de bolso da Europa América, baratos, simples, divertidos e com grandes autores. Tal como hoje a sci-fi e fantasia era os parentes pobres da literatura. A saga de "O Senhor dos Anéis" recuperou de novo este género de literatura popular reabiltando-a aos olhos de muitos embora outros tantos ainda hoje a considerem um género menor.
Não sou um especialista em literatura, apenas um consumidor de livros pelo prazer de um boa "estória". Ainda hoje sigo esta máxima, descrita pelo meu amigo Ricardo de uma maneira simples mas efectiva e profundamente despretensiosa. "Ler é um prazer, não um dever". Tenho por isso grandes lacunas no conhecimento dos clássicos. Se o livro não me "agarra", se não me sinto preso à narrativa e aos personagens, pura e simplesmente abandono-o. Ainda mais assustador, são os livros que as pessoas dizem ter lido mas que mas que têm na estante apenas para dar impacto intelectual. Existe muita mentira e pedantismo no mundo dos livros.
Quase trinta anos depois continuo a encarar a leitura como um divertimento, sem procurar nela a revelação do sentido da vida. Amigos por obrigações profissionais e académicas são obrigadas a ler obras intragáveis. Tenho a sorte de não carregar tais fardos. Ler, ainda e sempre um prazer simples de um homem simples.
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Eu sou assim ...,
livros
sexta-feira, 22 de julho de 2011
Gosto de Palavrões (MEC)
A semiótica dos palavrões pelo grande Miguel Esteves Cardoso.
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terça-feira, 12 de julho de 2011
o mundo de valter hugo mãe
Vale a pena ouvir esta magnífica estória que valter hugo mãe contou na FLIP.
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sexta-feira, 8 de julho de 2011
Os Lindos Braços da Júlia da Farmácia
O Mestre vai ser de novo publicado. Já conhecia o nome, sei que são contos, e estou ansioso pelo dia em que possa abraçar a Júlia. A capa é fantástica, o conteúdo será como sempre, de primeiríssima água.
O micro-conto "Os Lindos Braços da Júlia da Farmácia" está no Tempo Contado
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domingo, 3 de julho de 2011
Manu Chao em entrevista
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malta à rasca
quinta-feira, 30 de junho de 2011
"As Obras-Primas de T.S. Spivet" de Reif Larsen
"nunca houve um mapa completamente correcto, e o casamento entre a verdade e a beleza nunca foi duradouro."
Ele há livros e livros. E quando um livro se transforma simultaneamente num mapa de memórias (reais ou ficcionadas)? Quando se torna um objecto tão belo como um quadro, com ilustrações, esquemas e anotações de um prodígio de 12 anos? Assim é "As Obras-Primas de T.S. Spivet" de Reif Larsen. Assisti à apresentação do livro e do autor na LeV de Matosinhos. O que me levou até lá tinha um nome. J. Rentes de Carvalho. A provar que os bons livros e as boas surpresas são como as cerejas, andam aos pares, eu e o meu compadre de leituras Ricardo Gonçalves, trouxemos como brinde uma apresentação interessantíssima de um jovem com uma saudável obsessão por cartografia. A obra é brilhante desde o modo como a trama se desenvolve, passando pela leveza (que não ligeireza) da escrita, até às anotações que povoam o livro. Para saber mais, visitem a estante acidental. Os meus agradecimentos ao Ricardo pela introdução a esta magnífica obra e autor.
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