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sábado, 26 de novembro de 2011

O rosto de um filho da puta


O vídeo exibido ontem pela TV e postado em vários blogues, com a carga de porrada de um polícia à paisana, desapareceu do vimeo. Coisa bem intencionada, certamente. Existirá cópia em muitos computadores, podemos colocá-lo no youtube e em muitos outros sites. Para que conste, exibo a fotografia do filho da puta do bastão extensível.

Resta a extraordinária e inexplicada coincidência de um suposto procurado pela Interpol, se ir colocar no local com mais polícia por metro quadrado da cidade de Lisboa, no dia de uma greve geral. Contem-me histórias que eu gosto ...

Foto: cortesia do 5dias







Vídeo: cortesia do Democrato

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

O pacifismo é uma cena que a mim não me assiste


Por todo o lado assistimos a terrorismo de estado. Seja o terrorismo financeiro, que nos rouba salários e obriga a trabalhar mais horas, seja o terrorismo propriamente dito, exercido por aqueles que juraram "honrar e defender". As cartas de boas intenções, o jogar segundo as regras, deixou de ser justificável, porque eles também não jogam pelas regras democráticas. Há pois que criar resistência, ocupar tudo, ser subversivo, antes de ser tragado, digerido e devidamente evacuado.

[Siga os links]

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

A democracia já não mora aqui

No meio de toda a turbulência grega, ressalta o medo do povo. Esta farsa de democracia, que renega a sua origem etimológica, será levada até ao fim. Os gregos não serão ouvidos porque urge salvar os bancos da catástrofe anunciada. Bancos alemães e franceses, mas também americanos. O ruído é criado para que nada nem ninguém possa ouvir. Merkel e Sarkozy tocam a música que os senhores da finança mandam. Com ou sem esgotamentos à mistura.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Αγαπητοί Έλληνες αδελφοί


Queridos irmãos gregos,

Antes de mais quero mostrar-me solidário com as vossas legítimas reivindicações. O vosso exemplo prova que a austeridade como modo de resolver o défice gera mais austeridade e mais défice. São obrigados à austeridade para salvar os bancos. O FMI e o FEEF não estavam interessados na vossa recuperação antes na salvaguarda do sistema financeiro. A Alemanha e a França queriam apenas vender-vos aviões, tanques , fragatas e submarinos e emprestar-vos dinheiro a juros usurários.

Nós por cá estamos na mesma. O nosso governo vai ser obrigado a fazer duas linhas de TGV para os alemães e franceses venderam material circulante e tecnologia. A mão-de-obra, porque é barata, não especializada e temporária é nossa. Uma espécie de chineses da Europa. A decisão do vosso governo de referendar nova "ajuda", coloca-vos entre a espada e a parede. Com o dracma desvalorizado e o vosso mercado exportador e dívidas denominadas em euros, sofrerão de qualquer das formas.

Não sei qual vai ser o vosso ou o nosso caminho. O que não podem consentir é que a gorda e o baixinho vos digam qual o caminho a seguir. Mostram-se determinados a aplicar o plano deles à vossa economia. Como se na Grécia não vivesse um povo, mas ratos de laboratório. Atendendo à similitude de políticas, o vosso futuro será o nosso. Nada posso fazer a não prestar a não ser a minha solidariedade com a vossa luta legítima. É altura de os gatos gordos da Europa pagarem a factura.

Um abraço solidário de muitos e muitos portugueses

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

levanta! levanta!


Os higienistas querem tudo segundo a sua cartilha. São palhaços de tendência revolucionária. O 15O chateou-os profundamente. Não seriam capazes de mobilizar 100.000 pessoas sem os autocarros, as sardinhadas, os lanches ou os artistas convidados. Eles andam aí, indignados com os indignados, mas cavalgando a onda de mudança. Revolucionários que acham que o máximo da masculinidade é ter estado num piquete de greve. São os gajos do senta! senta!, que fazem tudo by the book como aprenderam no Comité Central ou na Mesa Nacional. Apesar do respeito que me merece a história do PC, o tempo que vivemos já não é o do "centralismo democrático". É do individualismo libertário. Acusam-nos de não votarmos. Eu respondo que isso é jogar segundo as regras do inimigo. Ou lembrando um velho slogan @narca, "O voto é a arma do povo! Se votas ficas des@rmado!". Chegou o tempo não do senta! senta! mas do levanta! levanta!

terça-feira, 18 de outubro de 2011

New York's Finest


A polícia de Nova Iorque é intitulada "New York's Finest", mas nem sempre é assim. Este jovem de 24 anos, ex-militar e oriundo de uma família de combatentes, dá um banho de civismo aos basbaques fardados à sua frente.

sábado, 15 de outubro de 2011

o meu 15 de Outubro


Há 5 anos atrás seria impossível uma mobilização deste calibre sem o suporte de partidos ou centrais sindicais. Hoje não tivemos autocarros com ar condicionado, nem lanche à borla. E no entanto manifestaram-se entre 10.000 e 20.000 pessoas. O que prova que há muita gente que não se identifica com o actual regime, nem com os partidos e sindicatos que "nos representam". No Porto, apenas um pequeno episódio, em que a polícia tentou impedir o acesso à rampa que permite a entrada na Câmara Municipal. Os manifestantes invadiram o espaço e os polícias retiraram civilizadamente. Sem esboço de confronto, apenas um simbólico medir de forças. Não fomos tantos como desejaria, mas mais do que esperava. O caminho faz-se caminhando ...

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Querem guerra? Tê-la-ão!


"Quando se liquidam empregos, baixam salários, se contrata a prazo e se acaba com a velha conquista do movimento operário, no início do século xx, de oito horas de trabalho, oito horas de lazer e oito horas de descanso, era bom que se lembrassem que além do roubo que estão a fazer a quem trabalha também estão a semear uma guerra. E estas, quando começam, não se sabe como acabam."

Nuno Ramos de Almeida em 22 de junho de 2011

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Esta é a minha gente, esta é a minha luta!!


Quase nunca releio os posts que publico. Se o fizesse seria acometido de uma vontade súbita de apagar tudo, tal a mediocridade da prosa. No entanto, ontem, reli várias mensagens anteriores e constatei que a política tem sido o prato forte deste blogue. Tal facto não se deve à tentativa de influenciar ninguém, apenas exprime a preocupação com que sigo a constante degradação das condições de vida de todos os portugueses, este vosso criado incluído. O purgatório é um espaço onde se exprimem angústias, espantos e trivialidades. Angústias políticas incluídas. Não pretendo transformar este espaço num local de comentário político. Há quem o faça bem melhor e ainda por cima seja pago para isso. Mas ao ver neste vídeo, a insegurança, o medo e a revolta da minha gente, não podia deixar de o publicar.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

(Porque) devemos esconder o rosto em manifestações? (*)



"Por questões práticas, defendo que todos os manifestantes devem esconder o seu rosto e usar roupa dificilmente identificável. Isto é uma resposta à invasão que o estado policial faz nas nossas vidas. Esta posição altamente controversa (a que falta discussão pública) deve-se ao facto de estarmos a ser vigiados de perto quando nos manifestamos. Mesmo que consigamos iludir a "vigilância sombra", haverá sempre máquinas fotográficas ou filmagens que eventualmente captarão o nosso rosto."

Adaptação minha, original aqui.  Um exemplo neste link. Basta clicar na multidão e no botão à esquerda que permite aproximar quase todos os rostos.

(*) Título corrigido

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Whose side are you on?

Foto: Reuters
Depois da prisão de 700 participantes do movimento "Occupy Wall Street" parece que a humanidade tende a dividir-se em dois grandes blocos. Os "perigosos comunistas" e os "perigosos comodistas".
Whose side are you on?

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

resistir ao medo

Foto: Fábio Candeias

"Os que trabalham têm medo de perder o trabalho.
Os que não trabalham têm medo de nunca encontrar trabalho.
Quem não tem medo da fome, tem medo de comida.
Os motoristas têm medo de caminhar e os pedestres têm medo de serem atropelados.
A democracia tem medo de lembrar e a linguagem tem medo de dizer.
Os civis têm medo dos militares, os militares têm medo da falta de armas, as armas têm medo da falta de guerras.
É o tempo do medo.
Medo da mulher da violência do homem e medo do homem da mulher sem medo.
Medo dos ladrões, medo da polícia.
Medo da porta sem fechaduras, do tempo sem relógios, da criança sem televisão, medo da noite sem comprimidos para dormir e medo do dia sem comprimidos para despertar.
Medo da multidão, medo da solidão, medo do que foi e do que pode ser, medo de morrer, medo de viver”.


Eduardo Galeano

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Estado mínimo, taxa máxima




We shall go on to the end. We shall fight [...] on the seas and oceans; we shall fight with growing confidence and growing strength [...]. We shall defend our island whatever the cost may be; we shall fight on beaches, landing grounds, in fields, in streets and on the hills. We shall never surrender [...]

A entrevista de Vítor Gaspar ao Público é a confirmação de que os cortes da despesa corrente, a fusão e extinção de organismos redundantes do estado são mera cosmética. Poupam-se gotas num oceano de dívida. A poupança de 100 milhões de euros recentemente anunciada equivale ao que gastamos ao manter forças militares no Afeganistão e Iraque.

Todos compreendemos que os cortes vão ser nas áreas da saúde, educação e prestações sociais. As conquistas do 25 de Abril prendem-se precisamente com estes três campos. Temos (tínhamos) um sistema de educação pública que permitiu a ascensão social, uma saúde sofrível, mas para todos, uma almofada no caso do desemprego ou pobreza. Sócrates iniciou a destruição das garantias sociais. Na ânsia de agradar à Alemanha e aos "credores" este governo vai desbaratar um património comum que permitiu aos portugueses uma subida significativa de qualidade de vida nos últimos 37 anos. Os fantoches franco-alemães limitam-se a seguir a voz do mestre, mesmo quando, contra-natura, prejudicam o povo que os elegeu. Os liberais aplicam a receita de serviços mínimos, taxas mínimas. Em Portugal consegue-se a quadratura do círculo. Um estado que presta serviços mínimos mas que cobra a taxa máxima.

É esse o motivo porque me aproprio do discurso de Churchill. Com a certeza de que não me irão derrubar sem luta.

Cartaz da Gui Castro Felga.

domingo, 18 de setembro de 2011

porque hoje é domingo...


e porque nem todos os domingos são pacíficos...

John (Jackie) Duddy (17), Patrick Joseph Doherty (31), Bernard McGuigan (41), Hugh Pious Gilmour (17), Kevin McElhinney (17), Michael Gerald Kelly (17), John Pius Young (17), William Noel Nash (19), Michael M. McDaid (20), James Joseph Wray (22), Gerald Donaghy (17), Gerald (James) McKinney (34), William Anthony McKinney (27), John Johnston (59)

sábado, 10 de setembro de 2011

Castração química ... não, o melhor é arrancar-lhe os tomates à dentada!

Respeito os jornalistas como classe. Privo ocasionalmente com dois grandes jornalistas, Miguel Carvalho da Visão e Ricardo Alexandre da Antena 1. Além do brilho profissional são seres humanos de uma grande simplicidade, capacidade de análise, sensibilidade e honestidade intelectual. Mas há sempre uma maçã podre em todas as classes.

Não conheço António Ribeiro Ferreira senão através das suas intervenções num programa da TVI24. Gritando, vociferando, tentando impor os seus pontos de vista de um modo espalhafatoso sem a serenidade que se exigiria a um jornalista sénior. Considero-o medíocre pelo pouco que li nas suas "crónicas", um idiota útil, que papagueia cartilhas liberais já conhecidas sem coerência ou brilho.

Mas o António anda numa fúria sem jeito. Ontem disparou contra os sindicatos, numa crónica amplamente divulgada na blogosfera e que pode ser lida aqui. Hoje, véspera do 11 de Setembro, atira-se como gato ao bofe e de uma só penada a Obama, transforma-me numa espécie de cruzado ["A Europa não mudou, continua sem política externa e com muito medo dos radicais islâmicos, Nega as suas raízes cristãs, condena a publicação de cartoons de Maomé e faz tudo o que pode para não irritar os terroristas."], louva a política externa de Bush, mandar a ONU esquecer as suas resoluções relativamente à Palestina e ainda termina brilhantemente insinuando que a revolução árabe é um viveiro de terroristas. Gosto de o ver assim desesperado, é sinal que a frente avançada da direita já não controla os esfincteres e está literalmente a borrar-se de medo com a mudança de paradigma político e económico que lenta mas inexoravelmente tomará o mundo. António, os cães, esses animais dóceis, farejam o medo. E tu tresandas ...

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

A barafunda ideológica é uma cena que a mim não me assiste


Anuncia-se uma nova manifestação para 15 de Outubro. Os promotores são os mesmos do 12 de Março. O sucesso do 12 de Março foi conjuntural. Nas ruas juntaram-se da esquerda à direita todos os que estavam contra Sócrates. Não havia uma matriz ideológica distintiva no 12M que essencialmente agrupava compreensíveis descontentamentos.

Nas eleições esse descontentamento manifestou-se na maioria que os portugueses deram ao PSD e CDS. Não contesto os resultados eleitorais (nem poderia) mas hoje é óbvio é que os portugueses saíram do diabo e meteram-se com a mãe . O mesmo chorrilho de promessas não cumpridas, o mesmo ataque aos trabalhadores, a mesma avidez fiscal. O que os portugueses validaram nas urnas foi uma mudança de estilo e não de políticas. A passagem do "animal feroz" ao equivalente masculino da "Amélia dos olhos doces". Conheço muitos participantes do 12M que são simpatizantes do PSD e que estiveram presentes como modo de pressão sobre Sócrates. Tudo isto é legítimo, mas com a provecta idade de 48 anos já me posso dar ao luxo de escolher as companhias. Até nas manifestações.

A 15 de Outubro não haverá tantas "linhas cruzadas". Esta demonstração terá um carácter ideológico que esteve ausente no 12M. Quem estará presente serão as pessoas com ideais solidários e de esquerda. Do PS ao PCTP-MRPP. Os simpatizantes dos partidos agora no governo não participarão. A 15 de Outubro seremos certamente em menor número. Mas com ideias muito menos difusas do que o justificado ódio a Sócrates. Ainda bem. A barafunda ideológica é uma cena que a mim não me assiste.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Que viva Chile!

Foto:MARTIN BERNETTI/AFP
Homenagem a Manuel Gutierrez, 14 anos, alvejado no peito. Fotogaleria da greve aqui.