terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Zoológico

Li algures que os cursos de escrita criativa ensinam que uma das regras para os aspirantes à escrita digna e escorreita é a de que é preciso escrever sempre para "ganhar a mão". Após 600 e tal postas ainda não escrevi nada digno desse nome, mas o mérito da insistência ninguém mo tira.

Num dia banal, em que Passos Coelho anunciou que o défice de 4,5% é afinal de 8,5%  [sem medidas extraordinárias], apetece-me escrever sobre o medo que paira sobre o sector privado. Na minha empresa existe um rumor não confirmado sobre a diminuição do quadro de pessoal. O boato foi o suficiente para colocar as hostes em alerta. Em dia de greve geral, quem chega às 9:00, uma hora e meia antes já estava no posto de trabalho. Refazem-se tarefas de molde a encontrar erros no trabalho do colega, anões agigantam-se manifestando alto e bom som indispensabilidade. Há também os lambe-cus carreiristas, quem têm como máxima "sou da tua opinião e da contrária se for preciso".

O local, anteriormente tranquilo, tornou-se poiso de gente que faz de tudo para brilhar e se fazer notada. Nada como trabalhar num zoológico para animar o dia!

4 comentários:

Moriae disse...

Já se vive assim no público há alguns anos. E depois de encostado a um canto, tens a carreira desfeita. Devo ser uma das poucas a ter coragem para dizer isto.

O que dizes no último parágrafo, vejo há anos entre professores, por exemplo. É doentio. Afinal, quilharam o público primeiro.

A ti, desejo-te a melhor das boas sortes. Por todas as razões.

Bj

Fernando Lopes disse...

Moriae, cara amiga,

Pavões sempre os houve, só que o sítio transformou-se numa "pavoaria". Diverte-me ver tipos aos saltos para aparecer na fotografia. Autênticos emplastros. :)

Abraço,
Fernando

rjorge_del_mare disse...

Fernando, boa noite.

Que má altura escolhi para dar uma vista de olhos no teu blog! Apreciei a visão franca sobre os temas, mas eis que fiquei triste...

Abraço,
rjorge_del_mare

Fernando Lopes disse...

RJorge,

É a minha visão dos factos. Aliás ainda ontem assististe a mais uma acto dessa "opera buffa", que vai continuar...

E obrigado pela vista.

Abraço,
Fernando

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