terça-feira, 16 de agosto de 2011

Its the end of the world as we know it

Olho os jornais. A Alemanha estagnou no crescimento do PIB. Qual Nostradamus de trazer por casa, caso a inércia Merkel/Sarkozy se mantenha, prevejo Mercedes e BMWs a preços de saldo, submarinos de água doce sem comprador, maquinaria pesada a fazer stock nos parques industriais. A  chanceler nunca compreendeu que os países ricos não são uma ilha, e que sem consumidores não há produtores que resistam. Não é preciso ser economista, basta ter bom senso para se perceber que o capitalismo entrou num ciclo autofágico. Ler Roubini a citar Marx ou Buffett a pedir um aumento de impostos para os super-ricos é um sinal de mudança dos tempos. O capitalismo como teoria económica ou se adapta, regenera e assume uma componente de redistribuição ou morre. Alguns já compreenderam esta necessidade. Outros, em estado de negação ou por burrice pura e dura recusam-se a aceitar que é preciso um novo modelo económico ou uma rápida readaptação do capitalismo tal como o conhecemos. Tempos interessantes estes os que vivemos em que se inicia gradualmente uma mudança de paradigma.

2 comentários:

Fenix disse...

Fernando,

"Não há pior cego que aquele que não quer ver!"

Finalmente, aquilo que poucos percepcionavam, começa a ser visível para muitos. Não podemos fugir à mudança, só temos é que "ajudar" a que ela seja regeneradora!

Abraço
Ana

Fernando Lopes disse...

Ana,

O que me preocupa é que o capitalismo é como os gatos. Tem 7 vidas. Se não for a falência do sistema que seja pelo menos a sua reinvenção e que esta gere menos desigualdades. Já não era mau ...

Abraço,
Fernando

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