sexta-feira, 1 de julho de 2011

de volta às peúgas no sapatinho ...


Todos os que temos mais de 40 anos nos recordamos de um parente afastado e pouco abastado, que todos os Natais nos presenteava com meia-dúzia de pares de peúgas. O corte de 50% do subsídio de Natal, hoje anunciado por Pedro Passos Coelho, vai trazer-nos de volta a frugalidade, tão ao gosto do Aníbal, de um Natal menos consumista. Até aqui tudo bem, não fosse dar-se o caso de muitas famílias dependerem destas prestações suplementares para regularizar dívidas vencidas. Se não fosse a má-fé de tal medida nunca ter sido sequer colocada como possibilidade na campanha eleitoral, quando há muito devia estar a ser "cozinhada". Estou a pensar também nos comerciantes, muitos deles dependentes do volume de vendas do Natal para se manterem à tona o resto do ano. Em alguns sectores do comércio as receitas natalícias representam 30 a 40% do do volume total de vendas anuais. A ver vamos como dizia o ceguinho ...

6 comentários:

M Manel disse...

Alô!

Não resisto a dar umas cacetadas no palhaço deposto, por isso cá estou :-)

O 13º, apesar de ñ para as dívidas do próprio, vai servir para abater à "conta" - assim , mesmo quem não teve direito ao bodo,(tipo eu)vai pagar os portáteis distribuídos à criançada e através dos CNOS - vejamos que muito deles já foram para o lixo, revendidos e outros estão nas muitas empresas que tiveram CNOs internos.
Estas, para além de terem recebidos as compensações das horas de trabalho em que os trabalhadores pararam, ficaram com um "parque" de portáteis com 75% de desconto na aquisição...
E além disso, os próprios trabalhadores das lojas e empresas de informática que escaparam à onda tecnológica maravilha, vão ajudar a pagar os aparelhos da concorrência :-)
Espetáculo!


Bj

Fernando Lopes disse...

Manel,
Então vamos pagar 1.000 milhōes extra por causa das Novas Oportunidades? Tá bem. Mas olha que o estado de graça do PPC vai acabar enquanto o diabo esfrega um olho. Ainda vou ver muitas rezas de arrependimento...

Bj,

Fernando Lopes disse...

Manel,
Assim contas rápidas 800 milhōes a dividir por 10 milhōes, dá 800 euros por habitante. Para portáteis das Novas Oportunidades?
Nāo te parece um exagero?

beijo,

Fernando Lopes disse...

Newsflash, via 5dias

É para aqui que vão os 1.000 milhões.

M Manel disse...

Alô!

Claro que é um exagero e é evidente que p/ o BPN deve ir quase tudo.
Só não percebo é por que, como disse noutras vezes, não prendem os políticos que alimentaram estas tretas, a começar nos do PSD e acabar no Sócrates e no Teixeira dos Santos, que inclusivé deixaram distribuir os ganhos da venda das participações da PT no Brasil antecipadamente, pois já sabiam que deveriam de ter um imposto agravado.

Parece-me que se deveria estar a atacar o Cavaco Silva por proteger os amigos Dias Loureiro e restantes bandidos, mas anda tudo demasiado ocupado a olhar p/ o próprio bolso ;-)


bj

Fernando Lopes disse...

Manel,

Estás a ver como no essencial estamos de acordo? Também compreendo que naquela altura um banco falir significaria o pânico e uma corrida aos bancos. Basicamente estavam (estavamos) entre a espada e a parede.
O sistema financeiro também tem pés de barro ...
Melhor pensarmos em contribuições que possam impedir que tais situações se repitam, uma vez que não adianta chorar sobre o leite derramado.

Beijo,

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