quarta-feira, 18 de maio de 2011

Angela, vamos pela igualdade? Em tudo, tudo, tudo ...

Fonte: negocios.pt (clique para aumentar)
"Não podemos ter uma moeda [comum] em que alguns tenham muitas férias e outros muito poucas”.
Isto disse Angela Merkel para consumo interno, num congresso da CDU (União Democrata-Cristã). O gráfico acima prova que os alemães são em média dos europeus com mais dias de férias. A idade de reforma é rigorosamente igual à nossa. E que tal aproveitar esta fúria igualitária da Angela?

P.S. - Informação adicional aqui.

6 comentários:

Fenix disse...

Fernando

Esta fdp devia preocupar-se em arranjar forma de os países criarem emprego para todos, e depois sim, pensar em aumentar as idades de reforma. Ou ela pensará que as pessoas que têm empregos estão mortinhos por irem para casa, curtir as magras reformas e pensar que deixaram de ser úteis para a sociedade?!

E já agora, não haverá nenhum voluntário na europa que se ofereça para a mandar a ela para a reforma e se possível de maca?!

Abraço
Ana

Fernando Lopes disse...

Ana,

Gosto de lhe ver essa fúria! Os mitómanos inventam estas coisas e de tão repetidas, julgam que se transformam em verdades. Mas não se preocupe a senhora só está a dizer o que os alemães querem ouvir. Assim como assim (quase) ninguém os percebe.
E a história prova-nos que sempre tiveram um complexo de superioridade. É ignora-los e esfregar-lhes com as estatísticas nas trombas.

Abraço,
Fernando

Anónimo disse...

Fernando, se puderes lê o artigo "O segredo do 'milagrão alemão' ", publicado no Courrier Internacional de Maio.
É um excelento artigo para desmistificar a ortodoxia neoliberal que nos é vendida em toda a comunicação social enquanto único modo de "lidar" com a crise. Como se a Economia fosse uma ciência exacta e não ideologicamente sustentada...
Bj,
Xana

Fernando Lopes disse...

Xana,

Vou ver se compro. Sou um leitor ocasional do Courrier. Este mês não comprei. E o problema (IMHO) é que nos querem impingir uma ideologia camuflada de teoria económica.

Beijo,
Fernando

Anónimo disse...

Não compres só pelo artigo, eu depois empresto-te (apesar de eu achar que toda a edição vale a pena, por causa, essencialmente, do tema de capa).
Quanto à "ideologia camuflada de teoria económica", a questão está para além disso: é que se, conforme diz o/a (?) comentador/a do post acima, a economia "visa sobretudo a antecipação dos resultados de acontecimentos ou política", a verdade é que eles nunca existem num vazio ideológico. O problema, na minha modesta opinião, claro, é que os discursos aparecem sempre desideologizados, numa aparente técnicidade esterilizada que os atira para um suposto "não-lugar" político. Mas basta olhar para a história do pensamento económico para perceber que as decisões e previsões económicas acontecem sempre dentro de uma determinada visão do mundo, ou seja, não são universais nem AS correctas, mas sim apenas correctas (ou erradas) dentro de determinadas concepções que constróem e estipulam visões parciais do mundo. Políticas, portanto. Ideológicas, portanto.
Olha, sabes que mais, não me devias ter dito para comentar, é o que é! :)
Xana

Fernando Lopes disse...

Xana,

O melhor do blogue são os comentários esclarecidos e o debate que geram. A tua participação é obviamente estimada e fonte de ideias e pistas para o debate. Consequentemente interessante e apelativa.

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