segunda-feira, 18 de abril de 2011

Com amigos destes ...

Com amigos destes, precisamos de inimigos?

18 comentários:

M Manel disse...

Alô!

Gosto destas tuas radiografias!

Mas o que era mesmo bom era não precisar da ajuda alheia, porque lamentavelmente eles têm razão.

O problema é quem não sabe governar a própria casa e isto infelizmente é prato do dia, desde as empresas até ao consumidor compulsivo...

Bj

Fernando Lopes disse...

Manel,

O que me parece é que estes gajos não perceberam que está tudo ligado. Quando o presidente do FMI, diz entendam-se [União Europeia] antes que vá tudo por água abaixo, não podia ser mais claro.
E duvido que Strauss-Kahn esteja a fazer bluff. Já chega de autoflagelação. Os portugueses não são piores do que os finlandeses, nem melhores do que ninguém.


Abraço,
Fernando

M Manel disse...

Zé:

(para mim não és Fernando, lamento muito :-), não concordo.

Não é uma questão de auto-flagelação é mesmo uma questão de desgoverno.

Quem gasta mais do que tem ou pode vir a ter, mais tarde ou mais cedo está tramado.

E note-se que nos anos 70 e 80 não precisámos de estar na União Europeia para nos estendermos ao cumprido...

Para mim, o problema já vem de muito longe e não é por ser portuguesa que tenho de achar bem a má governação crónica, que sempre pede a outros para lhe arrumarem a casa.


Desde o dinheiro da Índia e das colónias que nos habituamos a ver entrar dinheiro que não é fruto da produção nacional.

O português, na sua maioria, só se mata a trabalhar se emigrar.

Aí, vale tudo, até limpar sanitas.

Cá dentro, o outro que vem atrás que feche a porta...

M Manel disse...

P.S

Eram radiografias literalmente, tipo a cabeça do Homer Simpson que usaste para te definir :-)

Fernando Lopes disse...

Manel,

Já te questionaste porque é que os portugueses são bons trabalhadores fora de Portugal e maus em casa?
Não terá a ver com a velho esquema da recompensa? Não seremos mal motivados,mal aproveitados e mal remunerados além de mal geridos em solo pátrio?
É que se alguém andou a comer trufas e caviar este anos todos, não fui eu de certeza absoluta.

Abraço,

Fenix disse...

Fernando,

Concordo com o comentário de M. Manel, quanto à forma de os governantes tratarem da nossa economia desde os tempos do ouro do Brasil, e concordo consigo com as motivações dos portugueses para darem o seu melhor!

Ou seja, vamos sempre bater na mesma tecla: a má governação que nunca passa pela criação de riqueza.

Abraço
Ana

M Manel disse...

Trufas e caviar - eu também não e orgulho-me disso!

È óbvio que a Europa está cansada de meter aqui dinheiro e não ver resultados de crescimento económico, como tu também estarias se o dinheiro saísse do teu bolso.

A entrada dos fundos comunitários resultou ao contrário do que era suposto:
montanhas de arrivistas e encostados ao dinheiro fácil, projetos fatujos e sem futuro, para alimentarem economistas e engenheiros ao longo de 20 anos.

Mão de obra que se desemprega para frequentar cursos remunerados, gabinetes de formação para sugar o FSE, toda a panóplia de encostados
(que vão ter um lindo enterro em 2013, quando se acabar o quadro económico de apoio.)

O FMI entra mais de manso, porque não tem cá nada enterrado, e o que sacar vai ter sempre desculpa...

Mas quanto a injeções de dinheiro comunitário perdido, o BPN vai ser a cereja no topo do bolo, quando se souber algo mais dos subsídios agrícolas que transitaram para lá ;-)

Aguarda só...


Xi

Fernando Lopes disse...

Ana,

Só posso dizer, completamente de acordo. Mas não passa certamente por acharmos que vivemos cheios de luxo ou que somos piores do que os alemães ou finlandeses. Eu cá não me acho ...

Abraço,
Fernando

Fernando Lopes disse...

Manel,

A Europa não nos fez favor nenhum. Pagou barato para que abdicássemos das pescas em favor dos espanhóis, da agricultura em favor dos franceses e alemães, da têxtil em favor dos chineses. E pagou pouco e mal!!!!
Existiram vigarices só em Portugal?
Queres que te mande um link sobre as fraudes espanholas?
Recuso-me a aceitar que sejamos piores do que os outros. Como país pobre, hipotecamos o nosso futuro pelo CCB, TGV, Expo autoestradas e merdas que tais. Não lhes devemos nada, porque o que nos deram, já facturaram em dobro. Olha os submarinos, a maquinaria pesada etc.
Foi subsidiação em proveito do subsidiador, não do subsidiado.
E para me convenceres do contrário terias de apresentar provas irrefutáveis. OK? :)

Abraço,
Fernando aka Zé

M Manel disse...

Pois é, F aka Zé, já agora eu não falava propriamente de fraudes, mas de trocar o longo pelo curto prazo, preferir o dourado ao ouro, se me faço entender.
E se alinhamos nos maus negócios que referiste, foi porque alguém individualmente se safou em grande e porque os organismos controladores pouco foram ao terreno, preferindo sempre a secretária ou o bólido de destaque.

Quanto a essa determinação de que somos nem melhor nem pior, não fará parte de uma certo conformismo ou fado?
Não há visão nem ambição para o futuro, de um modo geral.
Vai-se andando com a cabeça entre as orelhas, vivendo o dia a dia, como se não fosse lícito pretender um lugar ao sol.

Apesar de tudo, merecemos mais do que isto, mais do que tábuas de salvação e de reprimendas.

Os espanhóis também roubam e aldrabam? E os italianos?

Não me consola.
Gostava que fossemos um exemplo pela positiva, não farinha do mesmo saco.

Fernando Lopes disse...

Manel,

É legítimo. Mas um exemplo pela positiva pressupõe uma moral de matriz cultural católica com a qual como bem sabes não me identifico.
Não quero como ser individual ser exemplo para ninguém, quero apenas ser eu, como todas as incoerências e defeitos que isso acarreta.
Nem farol, nem censor, apenas eu.

Abraço,
Fernando

M Manel disse...

(Lê o que escreveste s/ as mães dos outros - ou sobre o sexo p/ totós e compara com o que "postaste" como resposta:-)

Nem exemplo nem ponto de referência? O.K, fica a ideia...

M Manel disse...

O livro é "os pais dos outros", my mistake - sorry :-)

Fernando Lopes disse...

Manel,

Estás a ser demasiado subtil para mente tão simples. Podes precisar o que queres dizer? É que fui ler e não encontrei contradição visível.
Explica-te melhor, para eu aceitar e recolher à casota, ou responder.

Abraço,
Fernando

M Manel disse...

Mas escrevo na esperança que ao bater tótó no google, algum moço, jovem ou homem com idêntica sintomatologia, saiba que não está sozinho. - ponto de referência -

A visão é sempre a dos filhos, e de como os pais (mesmo os ausentes), formam a nossa personalidade - ou serás sempre um exemplo, quer queiras ou não.

E ainda bem!

Bj

Fernando Lopes disse...

Manel,

Exprimir uma condição (a de semi-virgem) ou partilhar uma angústia (ausência de pais), estão longe de ser uma referência ou um exemplo respectivamente. Apenas a constatação de idiossincrasias e realidades interiores. Mas está aí a beleza de escrever num blogue. A partir do momento em que se escreve as palavras e as frases estão disponíveis para a interpretação de quem as lê.

Abraço, beijo, cheers ou whatever ...

Fenix disse...

Fernando,

Desculpe a intromissão neste diálogo, mas a sua última afirmação recordou-me este provérbio: "Somos donos do nosso silêncio e escravos das nossas palavras".

;)

Abraço
Ana

Fernando Lopes disse...

Ana,

Nunca é uma intromissão, é antes uma (bem-vinda) participação.
Sinto-me ultrapassado pelas circunstâncias, pois nunca pensei "ficar refém" dos meus desabafos. É uma experiência nova, com a qual terei de aprender a lidar.

Abraço,
Fernando

P.S. Estão a ser estudadas novas formas de saudação e despedida. Sugira o que lhe parecer apropriado sff. ;)

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