segunda-feira, 18 de abril de 2011

A oeste nada de novo

Os portugueses tomaram hoje conhecimento da lista de deputados do PS. Depois do erro de casting, Fernando Nobre, nas listas do PSD, constato duas realidades incontornáveis:

1. O PSD tentou, timidamente, um aproximação a independentes, que embora conservadores, são intelectualmente capazes e livres pensadores qb.
A CAA (que recordo dos tempo de liceu) reconheço a capacidade de "pensar" a direita e o liberalismo de um modo humanista. E esse humanismo pode fazer toda a diferença entre a selvajaria do "salve-se quem puder" e um modo conservador, mas atento e solidário de ver o mundo.
FJV é o intelectual de serviço. Culto, escritor de razoáveis méritos (só lhe li "Um Crime na Exposição"), editor respeitado e senhor de uma simpatia e bonomia por todos reconhecida, é a face da direita liberal mais democrata, tolerante e paternal.
É um movimento que se saúda, mas que peca por escasso. E depois temos Fernando Nobre, um monumental erro, que gerou polémica, mas, como sempre, acabou por ser aceite por unanimidade. Com tantas vozes discordantes, o unanimismo nesta péssima escolha é revelador do modo como (ainda) funcionam os partidos.

2. O PS é um partido de aparelho a cem por cento. Afastada Ana Paula Vitorino, pouco há a dizer sobre as escolhas do PS. Revelam um partido fechado sobre si mesmo, alheado da realidade, uma espécie de aldeia de irredutíveis gauleses. Só nomes velhos, gastos, aparelhistas, com a semi novidade Basílio Horta e mantendo alguns ódios de estimação por perto (mantém os teus amigos perto, e os teus inimigos mais perto ainda). Uma escolha de cabeças de lista desastrosa, como desastrosa tem sido a governação PS.

8 comentários:

Fenix disse...

Fernando,

Boa análise!

Mas deixou-me triste... pois parece que o nosso próximo futuro poderá passar (mais uma vez) pela alternância!

Abraço
Ana

Fernando Lopes disse...

Ana,

Obrigado. O meu voto será pouco convicto e puramente de protesto, na secreta esperança de que o PS se veja forçado a negociar à esquerda. Com a noção de que para o PS é sempre mais fácil alinhar à direita. Vou votar como na minha infância tomava óleo de fígado de bacalhau!

Abraço,
Fernando

O abominável careca disse...

Boas Noites,
Tenho a impressão que nos próximos tempos os stoks de "Alka-Seltzer" irão esgotar tal é a quantidade de pessoas dispostas a engolir toda a espécie de sapos (Grandes, pequenos, gordos, magros, venenosos e os de digestão díficil)!
A todos vocês que estão aptos a desempenhar tais sacríficios só me resta esperar qua tal acto não vos traga mazelas incuravéis...
Boas digestões e lá para Julho voltaremos a falar...:)

Fernando Lopes disse...

Abominável,

Este não é o momento de ficar quedo e mudo, penso eu de que ...

Abraço,
Fernando

O abominável careca disse...

Caro Zé,
Eu n consigo conceber votos nos partidos do arco da governação!
Se porventura votar em alguém, que acho difícil, será sempre nos antípodas das ditas "forças democráticas" e isto porque não existem oficializados as ditas forças extremistas...
Honestamente na actual conjuntura já não servem posturas "politicamente correctas"
Um abraço!!!

Fernando Lopes disse...

Honestamente na actual conjuntura já não servem posturas "politicamente correctas"

Nem a mim, Pedro, nem a mim !!!!
Achas que votaria PS ou PSD?
Abrenúncio!!


Abraço,
Fernando

O abominável careca disse...

Uffffffffffff...
Por momentos deixaste-me preplexo e apreensivo, no entanto se é assim estou mais calmo, embora não esteja a ver qual será a alternativa possível!!!
Como diziam os anarcas "O voto é uma arma, se votas ficas desarmado"
Logo, cuidadinho com o "boto"...:))
Em Julho cá estaremos a disertar sobre a desgraça do acto eleitoral de Junho...

Fernando Lopes disse...

Pedro,

Vamos é dormir, para amanhã trabalhar, senão em vez de FMI é o FIM.

Boua noute!

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