Discordo com dois homens que admiro. Francisco José Viegas e Miguel Carvalho encontravam-se nestas presidenciais de lados opostos da barricada.
Por razões que ultrapassam em muito a amizade e são de carácter político, encontro-me infinitamente mais perto de MC.
No entanto tanto FJV como MC defendem a política do mal menor. A única divergência entre eles é qual o nome do mal menor.
Eu que não tenho o brilho, nem o raciocínio aguçado de nenhum dos dois, limito-me a constatar o óbvio: foram sucessivas opções pelo mal menor que nos conduziram a um beco sem saída. O mal menor pode transformar-se neste atoleiro. Razão tem J. Rentes de Carvalho, é hora de acordar e deitar fora a banha da cobra.
E estes senhores com ela.
2 comentários:
Li os dois textos.
Se o povo português fosse activo politicamente, diria que esta abstenção tinha uma leitura clara. Mas nós sabemos que a maioria além de não se rever nos políticos (como eu), também não exerce uma cidadania pró-activa.
Então em que ficamos?
Esperemos pela nova leva de gente que se proponha a cargos, para aferirmos a nossa identificação?!
Fala-se de Liberdade. Que Liberdade?! A de podermos escolher este ou aquele? De podermos escrever e falar como não podíamos na Ditadura? Isso chega? A pior Ditadura é a económica e é nessa em que estamos.
Não somos cidadãos, somos consumidores...
Abraço
Ana
Ana,
São questões para as quais também eu não tenho resposta.
Também não acho que a mudança de geração dos políticos, signifique algo mais do que uma mudança geracional em si mesmo.
E o que é ser pró-activo no actual contexto?
As suas questões, pertinentes que são, deixam-me mais algumas achas para reflexão.
Mais, não sou capaz.
Abraço,
Fernando
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