quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Chá e Torradas

A propósito de uma crónica publicada há um ano na Visão pelo meu amigo Miguel Carvalho, e de um comentário que deu origem a um post, recordei-me hoje do regresso à frugalidade, imposto agora não por José, mas por Gaspar & C.ª. A frugalidade em si não é uma coisa má. Principalmente quando se tem o papo cheio. Os que falam com um ar nostálgico do regresso à 1/2 sardinha, ao campo e à vida simples, o fruir do sorriso das vacas, do balir da ovelhas, do naco de broa e da sopa de couve tronchuda são de uma salazarenta saudade.

Hoje, também eu jantei chá e torradas. Porque tinha almoçado opiparamente.  Se em vez de ir passar a sexta-feira em frente a um computador, tivesse de ir para o campo, para uma carpintaria, para uma oficina levaria comigo um défice calórico. Se fosse a mulher que está a coser as roupas que iremos usar ou a limpar as casas dos outros, idem. É fácil ser frugal de barriga cheia.

4 comentários:

Anónimo disse...

Alô!

Não repares nas minhas translações elipticas, algo irregulares, mas qual planeta Terra, volto sempre.

Curiosamente também jantei chá e torradas, e ma minha frugalidade foi autoimposta há cerca de uma nao, e já foram uns quilitos ao ar.

Resolvi conciliar a comida ao meu preguiçoso metabolismo e aos nossos costumes ancestrais, porque parece que a raça humana quando surgiu era essencialmente frutívera.

Assim, o meu almoço hoje foi um potinho de puré de maça com passas e amendoins. Além de bom paladar, tenho razões para acreditar que a maçã retira montes de "lixo" que se vai acumulando. E ainda poupo uns trocos :-) É só vantagens!

Bjs

MManel disse...

ma minha frugalidade foi autoimposta há cerca de uma nao, e já - a minha frugalidade foi auto imposta há cerca de um ano -

(era maçã, não cidra...)


Bjs

MManel disse...

ma minha frugalidade foi autoimposta há cerca de uma nao, e já - a minha frugalidade foi auto imposta há cerca de um ano -

(era maçã, não cidra...)


Bjs

Fernando Lopes disse...

Manel,

Mi casa es su casa e os amigos não precisam de se anunciar. As nossas dietas de chá e torradas, são coisa de classe média. Por enquanto ainda temos emprego e mesmo em caso de crise temos sempre o suporte familiar que nos minimizará dificuldades (pelo menos a fome e um tecto). Mas os que "ascederam" à classe média na sua geração e que não tem suporte familiar? Os casais desempregados em que os pais são pobres? Esses não podem recorrer a ninguém, e são esses que me preocupam.

Beijo,

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