quinta-feira, 10 de novembro de 2011
Não me mexam no Rentes!
Não tem mal ser puto. Nem acreditar no Pai Natal dos mercados. Nem mesmo o facto de ser um liberal um bocado parvo lhe retira um lugar ao sol. Afinal, até escreve no "Espesso". Li dele um ensaio mediano sobre a obra do mestre na Ler. Agora isto é demais. Quando não se tem talento nem mestria com as palavras, quando não se passa de mais um franco-atirador na selva que publica toda a merda, devia ter-se humildade. Adaptamos? Sugerimos? Não, vampirizamos talento alheio, que é o que fazem os medíocres. A tua maior glória literária foi e será a historieta dos ordenados da CP.
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2 comentários:
Alô!
É verdade que ainda não li nada escrito por ele mas dada a tua propaganda, já tentei.
Cheguei à biblioteca Municipal de Famalicão, que é bastante aprazível e aparentemente bastante organizada e procurei na estante R dos autores portugueses.
Não encontrando nada, nem na prateleira J, perguntei a uma das senhoras lá "residentes":
- "Rentes de Carvalho? - nunca ouvi" - foi a resposta
- "Mas olhe que ganhou um prémio literário há dias" - respondi
- "MMm - vou ver na net" - e lá apareceu o autor.
-"Realmente está aqui", comentou com a parceira do "tacho" bibliotecário e informa-me: "É, se calhar depois vamos ter algum livro dele. Mas não sei quando" - e op!, está arquivado o assunto...
Não vou fazer comentários sobre o grau de "tachismo" nas câmaras municipais que como todos sabemos é baixo... (!), mas quer-me parecer que o nível do tratamento do autor é muito idêntico nestes dois casos - lá calha, falar dele...
Quando se dá importância de novo?
- um dia destes...
Bsx
Manel,
Rentes ficará como um dos grandes contadores de histórias dás últimas décadas. Este jovem (Henrique Raposo) escreveu um razoável ensaio sobre a sua obra. Não sei se os liga amizade pessoal ou profissional. Posso até estar a ser injusto. Mas no recorte do Expresso, o jovem das croniquetas, parece padecer do pecado da soberba. Fala como se tivesse procuração de Rentes. "Adaptarmos" ou "ajudo no argumento" quando o autor está vivo e de excelente saúde intelectual parece-me abusivo. Ou na pior das hipóteses, "canibalismo intelectual". E admiro Rentes também pela simplicidade e despretensiosismo que já demonstrou em vários contactos pessoais, qualidades que são apanágio dos grandes mestres
Abraço,
Fernando
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