Imagem: Tabinda B@ri |
Cruzamo-nos diariamente. Sol ou chuva, vento ou frio, exposta à fúria dos elementos, a senhora de idade está de mão estendida e pede ajuda quase num murmúrio. Muitas vezes sinto-me embaraçado com o euro que lhe deixo na mão juntamente com um "Boa Sorte!". Qual sorte, qual quê! Um ser humano de idade avançada obrigado à humilhação de pedir não é sorte, é crime. Meu, teu, nosso enquanto sociedade. Quem deixa anciãos abandonados merece castigo. E juntamente com aquele euro vai a minha vergonha, a tua, a de todos. Entre as lágrimas de chuva, arrasto os pés, culpado. Os nossos pecados não serão expiados.
2 comentários:
Tens toda a razão, Fernando.
:(
Queria exprimir a angústia, frustração e culpa, por, como sociedade, abandonarmos os mais fracos entre os fracos. Se o consegui, fui bem sucedido.
Abraço,
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