terça-feira, 1 de novembro de 2011

Αγαπητοί Έλληνες αδελφοί


Queridos irmãos gregos,

Antes de mais quero mostrar-me solidário com as vossas legítimas reivindicações. O vosso exemplo prova que a austeridade como modo de resolver o défice gera mais austeridade e mais défice. São obrigados à austeridade para salvar os bancos. O FMI e o FEEF não estavam interessados na vossa recuperação antes na salvaguarda do sistema financeiro. A Alemanha e a França queriam apenas vender-vos aviões, tanques , fragatas e submarinos e emprestar-vos dinheiro a juros usurários.

Nós por cá estamos na mesma. O nosso governo vai ser obrigado a fazer duas linhas de TGV para os alemães e franceses venderam material circulante e tecnologia. A mão-de-obra, porque é barata, não especializada e temporária é nossa. Uma espécie de chineses da Europa. A decisão do vosso governo de referendar nova "ajuda", coloca-vos entre a espada e a parede. Com o dracma desvalorizado e o vosso mercado exportador e dívidas denominadas em euros, sofrerão de qualquer das formas.

Não sei qual vai ser o vosso ou o nosso caminho. O que não podem consentir é que a gorda e o baixinho vos digam qual o caminho a seguir. Mostram-se determinados a aplicar o plano deles à vossa economia. Como se na Grécia não vivesse um povo, mas ratos de laboratório. Atendendo à similitude de políticas, o vosso futuro será o nosso. Nada posso fazer a não prestar a não ser a minha solidariedade com a vossa luta legítima. É altura de os gatos gordos da Europa pagarem a factura.

Um abraço solidário de muitos e muitos portugueses

7 comentários:

Moriae disse...

Fernando, concordo contigo em quase tudo excepto quando te referes à besta humana como gorda e ao outro como baixinho!
De resto, seria meter no correio : )

Fernando Lopes disse...

Eh pá os nomes que lhes chamo são o menos. Ou tu não sabes que cá no Porto somos pródigos numa linguagem, digamos, "colorida" ?
Eu se abrir a goela sou capaz de fazer corar uma lagosta ...

Abraço,

Moriae disse...

: ) Eu até chamei um nome pior mas sabes, um dia, qdo nova e magra, disse uma coisa dessas e por mais que tivesse razão, senti que a perdi (fui alertada ... não disse por mal, apenas tipo 'a do vestido vermelho' ou 'a mais parva de todas').
Tenho costela do Norte, meu amigo! : ))) A minha mãe nasceu no Porto, o meu avô materno em Gaia.
Meta-se no correio!!! : )

Fernando Lopes disse...

A linguagem também serve para exprimir o que nos vai na alma. Quem é gordo é gordo! Eu também estou 13 quilos acima do par!:)
E há coisas politicamente correctas que me fazem aflição. Agora não se pode dizer "autista". Pode e digo! Exprime alheamento da realidade e não desrespeito com os autistas.

Moriae disse...

Certo : )
E, para registo, estou muito aquém da pessoa a que me referi LOL! My God!!! Preocupar-nos muito com estes pormenores é que é dispensável. Tens toda a razão! Provavelmente, quem me alertou naquela altura, deveria ter percebido a leveza da coisa : )
É de facto gorda e o outro é mesmo baixo. Essa é que é.
Abraço!

Fenix disse...

Fernando,

Agora sim, começa a desenhar-se "o centro da tempestade". E nada mais será como antes. Deviam ter previsto, os senhores do mundo, que tudo tem um fim! Apesar do sofrimento, só podemos exultar pela mudança que se aproxima!


Abraço
Ana

Fernando Lopes disse...

Ana,

Confesso-me um bocado temeroso. Era (é) importante que alguém batesse o pé aos "donos da Europa", só que receio as ondas de choque. Com a demissão dos militares gregos e a confusão lançada, o resultado pode ser terrível sobre o ponto de vista humano. Mas do caos nasce a luz ... Estou a atravessar uma fase socrática, só sei que nada sei. Mas lá que vai haver mudança, concordo inteiramente consigo. Oxalá o caminho para ela se operar seja o mais indolor possível.

Abraço,
Fernando

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