quarta-feira, 26 de outubro de 2011

mortos-vivos


Não é do tempo outonal. É um estado de espírito colectivo, que nos deixa entre o catatónico e o mortificado. Basta andar nas ruas para notar os rostos fechados, os ombros caídos, o desânimo colectivo, o caminhar lento de quem é empurrado para o abismo. Reúne-se o Conselho de Estado e sai um comunicado pleno de generalidades, apelando ao povo português para continuar a percorrer a via sacra do empobrecimento. Só me pergunto, 6 horas de reunião para parir isto?

3 comentários:

Moriae disse...

Não comentei este teu post qdo o li porque ... retrata perfeitamente aquilo que vejo qdo saio de casa. E isso, magoa-me.

Estamos a viver tempos dolorosos. Porque não em verdadeira luta. Porque em desespero a meio gás.

Venham as más línguas, cohabitemos com os escroques! Tudo tem limites.

Bom final de semana, Fernando.

Fernando Lopes disse...

A propaganda chegou a tal ponto que as pessoas [algumas] se sentem culpadas por terem uma casa, um nível de vida razoável ou passar férias depois de um ano a trabalhar.
Isso não é luxo, é conforto. Luxo é todo um outro segmento com que nem sonhamos e raramente nos cruzamos. Fazer crer aos portugueses que comer bem e ir ao Algarve uma semana por ano é um luxo é uma das maiores pornografias que estes últimos governos criaram.

Abraço e não me despeço porque "vou andar por aí". :))

Moriae disse...

Visionário? Não ... Realista! Mas não podemos esquecer que há quem nem tenha possibilidade de tal ... falo por mim. Saiu-me caro, estudar e apostar numa carreira que me roubaram. Fica isso para depois.

Escroques, é isso mesmo.

Até sempre, F.!

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