domingo, 30 de outubro de 2011
Medidas que não valem a ponta de um corno... (V)
Incapaz de combater o fenómeno da evasão fiscal, o governo quer colocar os cidadãos como inspectores tributários. A economia paralela aumenta à medida que aumentam os impostos. É dos livros e do senso comum. Todos nós já fomos confrontados com um arranjo de um electrodoméstico ou pequenas obras em casa que nos sairiam 21% mais caras se pedíssemos factura. E, quem não prevaricou, que atire a primeira pedra. A razão é simples. Não podemos deduzir no IRS estas despesas ou temos uma dedução insignificante. Assim, o governo, quer colocar-nos a fazer o papel que lhe compete. Recuso esse ónus. Já pago q.b. de impostos para ser funcionário do fisco nas horas vagas. O ridículo desta medida, obrigar-nos a conservar as facturas durante um ano. Nada irá acontecer. Confesso-me desde já pecador. Amanhã quando tomar o meu café não irei pedir factura. O cidadão pode sofrer uma coima até 2.000 euros. O comerciante uma multa máxima de 3.750 euros. Como se prova pelos números das coimas a medida não é para ser levada a sério. Sobretudo pelos comerciantes e prestadores de serviços.
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4 comentários:
É de facto uma medida ridícula, Fernando.
Abraço e boa semana!
Moriae,
Equipar os cafés e restaurantes com impressoras fiscais, seria bem mais efectivo. Só que custa dinheiro. É mais barato multar.
Abraço,
Fernando
Fernando,
E assim poderá nascer uma novíssima profissão, a do "bufo/delator-fiscal".
Quando ouvi esta notícia lembrei-me logo do regime do Mao Tse Tung - cada cidadão, um espião!
O desespero é tal que já metem os pés pelas mãos, se não fosse trágico era para rir!
Abraço
Ana
Ana,
O que eu não consigo compreender é porque não se coloca a tecnologia ao serviço do fisco. Com 400 ou 500 euros é possível criar um posto/caixa à prova de fraude, em vez de por os cidadãos como delatores. E é por aí que se devia avançar, penso eu de que ... ;)
Abraço,
Fernando
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