terça-feira, 26 de abril de 2011

a morte saiu à rua


O capitalismo selvagem tem destas coisas. Após decisões de gestão da France Telecom, um seu empregado, imolou-se pelo fogo, num parque de estacionamento em Bordéus. Resta acrescentar que este funcionário era pai de quatro filhos e tinha 57 anos. Tinha sido vítima de assédio moral, sendo frequentemente obrigado a mudar de posto de trabalho. Este é o último e talvez o mais dramático dos 32 suicídios que ocorreram na France Telecom, entre 2008 e 2009.
A revolução tunisina começou assim.

4 comentários:

adivinha que é disse...

Meu caro,

Nada disto deixa-me admirado, ... basta que se ponha um burro que não sabe diferenciar a letra do tamanho de um comboio à "frente" dos RH de uma grande empresa e que foi preciso ir para essa "grande" empresa para comer carne pela 1ª vez na vida. Agora esquecesse de onde veio. São esses burros que fazem aos subordinados estas macacadas.

Um abç
"adivinha que é"

Fernando Lopes disse...

Caro adivinha,

Este seu criado teve a felicidade de ajudar a compor a notícia do Público, uma vez que a rapaziada das redacções não é como no meu tempo de "tocar piano e falar francês". Quanto aos burros, meu caro, são neste momento a espécie dominante, que se perpetua pela protecção do seu semelhante. Consequentemente, a probabilidade de apanhares burros pelo caminho, sobe, cada dia que passa, exponencialmente.

Abraço,
Fernando

Fenix disse...

Fernando

Os tempos que correm e os que hão-de vir são propícios, mais que nunca, a estes desenlaces. E isto, porque a palavra solidariedade perdeu todo o seu conteúdo. Mais que nunca temos de fazer frente às gestões imorais, e "pelo menos", não deixarmos que o familiar, colega ou vizinho, sinta que está só, mas pelo contrário está cada vez, infelizmente, mais acompanhado.

A nova palavra de ordem deverá ser Solidariedade, e nela está contida não só a entreajuda, mas também a união nas lutas sociais que se aproximam.

Abraço
Ana

Fernando Lopes disse...

Ana,

Concordo consigo a 110%. Há que reactivar novas e velhas solidariedade, pois, tal como a "estória" dos ramos, juntos, somos mais difíceis de partir.
Só me sinto chocado que um acto de tal desespero e simbolismo não tenha passado de uma nota de rodapé na nossa imprensa.
Até onde pode chegar a insensibilidade?

Abraço,
Fernando

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