sexta-feira, 8 de abril de 2011

A meia-idade e os óculos


Regresso a um registo mais pessoal, onde minimizo as hipóteses de me espalhar ao comprido. Como todos sabem estou com quarenta e oito anos. Uma idade merdosa. Nem carne, nem peixe. Já não posso gozar as maravilhas da juventude, mas sou demasiado novo para me reformar. E depois vêm as maleitas. As dores nas costas quando dou banho à minha filha de seis anos. O olho do cu como uma couve-flor após uma francesinha generosamente regada com Tabasco. O sexo já é mais devagarinho, sem ser inspirado no Matrix ou ter aderido às teorias do Sting.

Como dizem os camones, "so far, so good". Nada que afecte normalidade da vida. Mas o que realmente me desespera é o uso de óculos. Mesmo que seja só para ler. Este vosso amigo, sempre viu como uma águia. Há uns dois anos atrás, começou a afastar os livros para conseguir ler melhor. Em desespero, e porque às vezes o braço já começava a ficar curto, uma vista ao oftalmologista. "Só precisas de óculos para ler, o resto está OK.". Saí de lá feliz com esta sentença minimalista. Só que, para mim, não me serviam uns óculos quaisquer. Mesmo para uso privado, tinha de "cagar estilo". Toca a comprar daqueles óculos Clic, com íman (não confundir com hímen, e desculpem a piada óbvia).

 É assim :

1. O íman trilha os pêlos entre as sobrancelhas.
2. Todas as letras me parecem garrafais.
3. Como os óculos não cobrem toda a superfície, dou por mim a espreitar por cima ou por baixo, como um puto que está a fazer uma malandrice.
4. Passo mais tempo a limpar as lentes do que a ler.

Alguém me ajuda a minimizar este problema? Aceitam-se sugestões, ideias ou alternativas de todos os caixa de óculos encartados.
Eu sei que vocês "andem" aí ...

0 comentários:

Enviar um comentário

A minha alegria são os teus comentários. Simples ou elaborada a tua opinião conta. Faz-te ouvir! Comenta!