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Fonte: Visão |
É uma questão de
bom senso. As medidas a aplicar pelo FMI são cegas e fazem parte de uma
check-list, uma receita universal. A aplicação a Portugal da receita utilizada na Grécia e Irlanda arrisca-se a matar o doente com a cura. A nossa economia é mais débil do que a Irlandesa ou Grega. A nossa classe média/média baixa seria, ainda hoje, indigente na Grécia ou Irlanda. O nosso salário mínimo é de cerca de 1/3 do Irlandês. Esta pseudo classe média está sobreendividada com a compra de habitação própria, aquisição de automóvel etc. Ao aplicar medidas extremas, como anunciou o comissário
Olli Rehn, a UE, sem conhecimento ou indiferente às especificidades portuguesas, irá aumentar a pobreza e a insolvência de empresas e famílias até ao limite do aceitável.
Sem querer ser um profeta da desgraça, mas porque ando na rua, falo com as pessoas, conheço as dificuldades do Zé Ninguém (em que orgulhosamente me incluo), pressinto que a pobreza em Portugal irá aumentar exponencialmente. E esse aumento não augura nada de bom. Quando as pessoas comuns não têm dinheiro para dar de comer aos filhos são capazes de tudo. Aproximam-se tempos em que a habitual bonomia portuguesa será substituída pelo desespero. E o desespero é mau conselheiro.
4 comentários:
Meu caro,
Qdo já não houver mais nada para nos gamar, só nos resta, "cortar-lhes" os gasganetes.
A TODOS
Um abç
E
Amigo,
Podes crer que vou cortar gasganetes, mas não vai ser o meu, nem o dos meus ...
Abraço,
Fernando
Fernando,
Queria deixar aqui uma mensagem de esperança, mas infelizmente não vislumbro outro desfecho.
A menos que o povo português seja inovador e invente uma nova forma de sobrevivência...
Ana,
Nem sei o que lhe diga. Também partilho do seu pessimismo.
Trabalhar mais e com mais afinco, o resto é a ver, como dizem os galegos...
Abraço,
Fernando
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