As minhas avós, Augusta e Conceição já partiram há alguns anos. Tiveram vidas longas e saudáveis, e deixaram recordações indeléveis. A sua serenidade, experiência das coisas e da vida, a sua bonomia estão comigo, tatuadas na memória.
Hoje, faz 91 anos a minha "avó emprestada", Antonieta. Senhora de si, de uma tranquilidade inabalável, é muitas vezes o porto de abrigo de uma família que, como todas, cresce em convulsões, sobressaltos e conflitos.
Ser velho nos dias de hoje, é condição dispensável. Mandam-se ás urtigas anos de experiência, de dramas vividos e sobrevividos, de serena análise ao mundo e aos homens.
Por mim, cada vez valorizo mais a sabedoria que a idade traz. Não que todos os velhos sejam sábios, pois como nos jovens e nos menos jovens, existem-nos sem história, interesse ou discernimento.
Mas a experiência de vida é um valor a não desprezar. Os conselhos de anciãos não existiam em vão.
Nela, homenageio todos os que já viveram muito e que espero continuem a acompanhar-me durante longos anos.
Parabéns, avó!
2 comentários:
Boas Fernando,
este texto trouxe-me à memória os dias em que vivi com a minha avó. tive a honra de ser criado por uma mulher EXTRAORDINÁRIA que ainda hoje ninguém conseguiu suplantar.
Para além dos meus filhos, a minha avó foi das poucas "coisas" BOAS que a vida me deu.
Um Grande Beijo a todas as avós que, nos dias que correm são tão "mal" tratadas.
Boa dia ou noite,
De facto respeitamos pouco a velhice, como se a vida não fosse composta de todas as etapas.
Aforismo à la Fernando:
"Nem todos os velhos foram bons, mas certamente todos têm algo de bom."
Desculpe, mas o número de copos e o adiantado da hora, não me permitem mais do que estas trivialidades.
Um abraço
Fernando
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