sábado, 1 de outubro de 2011

Músicas da minha vida (I)

Ao ler um post no bitaites sobre Prince e a ligação emocional que certas músicas têm a determinados momentos das nossas vidas, lembrei-me de que todos somos donos de  uma "banda sonora". Desde a música que nos abriu o horizonte para novas bandas, gostos e demandas musicais, até à melodia que associamos a determinados amores ou momentos marcantes. Trinta e oito anos passados, lembro-me como se fosse hoje, do momento em que descobri o meu "mundo musical". A Tia Guta, foi das três irmãs da minha mãe, a que casou mais tarde, o que lhe dava uma infinita paciência e algum prazer em aturar os sobrinhos. Eu, como mais velho, era levado para partilhar coisas que os mais novos não podiam ou não tinham idade. Foi assim com o "Novecento" de Bertolucci e com "Jesus Christ Superstar". No "Jesus Christ" descobri novos ritmos e um vocalista fabuloso Ian Gillan, à data lead singer da minha banda de adolescência, os Deep Purple.

Na altura não se podia googlar e descobrir tudo sobre aquela banda ou cantor em 30 segundos. Não havia downloads, nem ITunes. O interesse que o musical me despertou, obrigou-me a pesquisas, conversas com donos de lojas de discos, trocas de K7 pirata com os amigos. Anos mais tarde, com 17, passava a tarde a ouvir rádio com um amigo da altura, sempre atento às novidades. Luís Filipe Barros no "Rock em Stock" e António Sérgio com o "Som da Frente" fizerem-me o ouvido e moldaram-me o gosto. Sempre pela música popular de raiz anglo-saxónica.

Ontem, numa conversa à mesa, a propósito do que poderia ter sido uma relação com uma rapariga com quem namorei longos anos, lembrei-me da música que me acompanhou quando conheci a minha mulher, mãe da minha filha, e que partilha comigo o leito conjugal há 18 anos, excepto quando sou corrido para o sofá  à cotovelada por ressonar demasiado alto. Essa música chama-se "More" dos Sisters of Mercy e tem como refrão "and I need all the love I can get". Ontem como hoje preciso de todo o amor que consiga "obter".

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