domingo, 11 de setembro de 2011

Português, glutão, 48 anos de idade


O entusiasmo dos portugueses com a comida é imenso. Vivemos para comer, mais do que comemos para viver. Embora os meus conhecimentos de gastronomia não seja muito vastos, arriscar-me-ia a definir-nos como um povo de glutões sofisticados. Os amigos reúnem-se sempre à volta de uma mesa. Uma reunião sem comida é um encontro desenxabido ou de intelectuais.

Os hamburgueres e a fast-food que tanto preocupam o Bastonário da Ordem dos Médicos são um esboço calórico ao lado de um bom cozido à portuguesa ou umas tripas à moda do porto, acompanhados de uma garrafa de tinto. O nosso peixe mais tradicional e consumido é pescado a 4.000 km de distância, nos mares da Noruega. Esta demanda do Santo Graal da comida é tipicamente portuguesa. Se perguntarem a um compatriota emigrado do que mais sente saudades, a par da família virá certamente a comida.

Do Minho ao Algarve temos pratos únicos e deliciosos. Do arroz de sarrabulho minhoto à cataplana algarvia. Eu, se me saísse o euromilhões, em vez de montar Hard-Rock Cafés ou Starbucks conquistava a Europa pelo estômago. Um franchising chamado "Tasca do Zé da Esquina" em Amesterdam, Berlim ou Londres onde almas que comem sandwiches nos bancos de jardim à hora de almoço e jantam batatas cozidas com salchichas, poderiam encher a pança com o melhor peixe do mundo, enchidos e fumeiro, petinga com arroz de tomate e outras maravilhas por quantias módicas. Para arrasar com a teoria do bom do Dr. a sobremesa obrigatória seria um Pudim Abade de Priscos. E quanto a calorias estamos conversados, ok?

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