domingo, 19 de junho de 2011

Entre a crise e a opulência


Na tranquilidade das férias, é bom por a leitura em dia, ignorar a agenda do BCE e a tragédia grega. Mesmo sempre atento às notícias tudo parece distante, de um outro país e de um outro planeta. Dias passados a ensinar a filha a nadar, num merecido dolce far niente. E no entanto entre Philip Roth e Reif Larsen, entre a praia e a piscina, encontro sinais de como a riqueza está mal distribuída e vivemos num país terceiro mundista.A quantidade de vivendas de luxo, na zona onde me encontro é atemorizadora. Não se trata de vivendas para alugar, mas de casas de férias com 6 ou 7 quartos, jardins impecavelmente tratados e carros de luxo em garagens que podem albergar vários. Estou numa parte do país (e não, não fui convidado para a urbanização da Coelha), onde famílias abastadas, têm para usar durante um ou dois meses do ano, habitações que fariam as delícias de famílias numerosas. E mesmo neste torpor de férias não consigo deixar de pensar como há gente a viver em casebres miseráveis e outros num luxo que roça a opulência. Um retrato sem final feliz do país em que vivemos.

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