domingo, 8 de maio de 2011

O som do silêncio


Na cidade temos sempre um imperceptível ruído de fundo. Os automóveis a rolar, uma sirene que nos habituamos a ignorar, uma mescla de ruídos familiares. É uma das razões porque adoro fugir para montes e vales. Lá, os ruídos naturais ainda prevalecem sobre os humanamente produzidos. Sentado na varanda, no breu, posso ouvir os sons do silêncio. A água do ribeiro a correr, os licranços a serpentear, capturando o jantar, o restolho das asas de um pássaro noctívago. Sempre, sempre no silêncio. Numa paz profunda, de um sítio onde o homem ainda é figurante e não actor principal. Que paz que sinto  com o som do silêncio.

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