(II) - Os Kentucky(s)
Os Kentucky foram responsáveis pela minha iniciação ao tabagismo. Os famosos "mata-ratos", eram adquiridos em maço, ou avulso (sim, antigamente vendiam-se cigarros avulso), no quiosque das "corcundinhas" nos Mártires da Liberdade. Antes do mais as "corcundinhas" eram duas (supostamente) primas, assim popularmente conhecidas por serem corcundas. Sem piedade, ou politicamente correcto, mas com este terno idiotismo, era assim que toda a gente lhes chamava, sem que isso significasse falta de respeito.
Os Kentuckys eram partilhados entre os amigos, como se de um charro se tratasse. Dá cá uma passa, e havia dois ou três a partilhar do mesmo cigarro raquítico.
É preciso que se diga, que há trinta anos atrás, as preocupações com hepatites, herpes, gripes ou outras doenças transmissiveis eram para nós completamente inexistentes.
Além do mais, longe da sociedade anti-tabágica em que vivemos, fumar era coisa de macho, e só os tótós é que não fumavam.
Ainda me lembro do sabor daqueles cigarros fininhos, vendidos nuns maços ridiculamente pequenos e feios, que tantas vezes me mataram a "traça".
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