domingo, 21 de novembro de 2010

O Papa e o preservativo

Fonte: Expresso - Cartoon de António
O Papa Bento XVI admite a utilização do preservativo em casos específicos, nomeadamente "para reduzir os riscos de contaminação" do vírus da SIDA”.
A SIDA há muito que deixou de ter "grupos de risco" ou "casos específicos", sendo em África um flagelo que é responsável por mais de 20 por cento das mortes registadas (dados de 2008). Pensar-se-ia que o Papa teve um ataque de bom-senso, e como qualquer ser pensante, teria chegado à conclusão que nos países subdesenvolvidos,e não só, o uso do preservativo, a par da prevenção e informação, é a forma  mais barata e eficaz de minimizar os efeitos da epidemia.
Os anti-retrovirais, devido ao seu elevado preço, não serão a curto prazo acessíveis à generalidade dos doentes dos países mais pobres.
Mas, num sinal evidente de que a igreja tem grande dificuldade em adaptar-se a novos tempos, o porta-voz do Vaticano, já veio informar que "em alguns casos, como em homens prostitutos com o vírus da sida, o uso do preservativo é o primeiro passo para a responsabilização.",  e que "a Igreja não considera o preservativo como a "solução moral" para o problema da sida.".
Fica uma pequena nota de esperança. Que os padres sigam as instruções do Vaticano e passem a usar preservativo nas suas relações.
É uma forma pouco convencional, mas provavelmente de alguma eficácia, para combater a "fuga" de vocações, como a do padre peruano apanhado a ter relações sexuais com a empregada da paróquia.

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