We shall go on to the end. We shall fight [...] on the seas and oceans; we shall fight with growing confidence and growing strength [...]. We shall defend our island whatever the cost may be; we shall fight on beaches, landing grounds, in fields, in streets and on the hills. We shall never surrender [...]
A entrevista de Vítor Gaspar ao Público é a confirmação de que os cortes da despesa corrente, a fusão e extinção de organismos redundantes do estado são mera cosmética. Poupam-se gotas num oceano de dívida. A poupança de 100 milhões de euros recentemente anunciada equivale ao que gastamos ao manter forças militares no Afeganistão e Iraque.
Todos compreendemos que os cortes vão ser nas áreas da saúde, educação e prestações sociais. As conquistas do 25 de Abril prendem-se precisamente com estes três campos. Temos (tínhamos) um sistema de educação pública que permitiu a ascensão social, uma saúde sofrível, mas para todos, uma almofada no caso do desemprego ou pobreza. Sócrates iniciou a destruição das garantias sociais. Na ânsia de agradar à Alemanha e aos "credores" este governo vai desbaratar um património comum que permitiu aos portugueses uma subida significativa de qualidade de vida nos últimos 37 anos. Os fantoches franco-alemães limitam-se a seguir a voz do mestre, mesmo quando, contra-natura, prejudicam o povo que os elegeu. Os liberais aplicam a receita de serviços mínimos, taxas mínimas. Em Portugal consegue-se a quadratura do círculo. Um estado que presta serviços mínimos mas que cobra a taxa máxima.
É esse o motivo porque me aproprio do discurso de Churchill. Com a certeza de que não me irão derrubar sem luta.
Cartaz da Gui Castro Felga.
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